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PMDB e PT iniciam reaproximação

PMDB e PT juntos nas eleições de 2018? Sim, é possível, e as primeiras conversas neste sentido já estão sendo feitas. Na última quarta-feira, foi feito o primeiro movimento no sentido de reaproximar as legendas, que se estranharam nas eleições para a Prefeitura de Goiânia. Parceiros nas eleições presidenciais de Lula (2006) e Dilma Roussef (2010 e 2010), petistas e peemedebistas estiveram juntos em Goiás nas eleições de 2008, na reeleição do prefeito Iris Rezende e em 2010 no apoio à candidatura de Iris ao governo do Estado e em 2012, na reeleição do prefeito Paulo Garcia (PT). Depois, com o golpe do impeachment, a relação azedou.

Presidente do Diretório Estadual do PMDB, o deputado federal Daniel Vilela aposta na aliança entre as duas legendas. Por isto tem feito interlocuções com o ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide e também com os deputados estaduais do PT. Na tarde da última quarta-feira, Daniel e Gomide circularam na Alego, conversando com cada um dos deputados petistas. Um dos nomes do PMDB para a disputa do governo do Estado, Daniel estimula a formação de uma aliança com o PT na chapa majoritária, de preferência com Antônio Gomide como candidato ao Senado.

No PT ainda não há deliberação oficial sobre os rumos da legenda em 2018. Há, no entanto, o sentimento de que é preciso estimular a unidade dos partidos de oposição em Goiás. Qualquer projeto de poder para fazer o enfrentamento ao marconismo leva em consideração um palanque que reúna as principais lideranças da oposição.

Daniel Vilela aposta na aproximação com os petistas até porque sabe que não poderá contar com o DEM do senador Ronaldo Caiado, que já prepara o lançamento de sua pré-candidatura ao governo do Estado. O cenário para a sucessão estadual caminha para que três candidaturas sejam lançadas: pelo governo, o vice-governador José Eliton (PSDB), pela oposição, Daniel Vilela (ou seu pai, Maguito Vilela) e Ronaldo Caiado.

ÁGUA E ÓLEO

PT e DEM são como água e óleo: não se misturam. Pode-se dizer o mesmo de Daniel Vilela e Ronaldo Caiado. Um não vai abrir mão do projeto de governar Goiás em favor do outro. Como concorrentes diretos ao mesmo objetivo, é cada um por si. Daniel sabe que o PMDB não vence sozinho uma eleição complexa como a sucessão estadual. É preciso promover o maior número de alianças possíveis. Sem o DEM, o caminho é buscar alianças à esquerda (com PT, PDT e PCdoB) e ao centro, com outras siglas como o PRP, do Major Araújo e do vereador Jorge Kajuru, o Solidariedade, do deputado federal Lucas Vergílio, o PSDC, do empresário Alexandre Braga e o PRB, da Igreja Universal.

Caiado tende a ficar isolado, uma vez que mesmo legendas à direita, como o PSC e o PP, tendem a ficar ao lado do governo do Estado. Com um tempo de TV reduzido, o DEM não é páreo para uma frente entre PMDB e PT, que detém o maior tempo de televisão na programada eleitoral. Daniel Vilela sabe disso, e trata de ganhar terreno, agregando mais e mais aliados à sua tese de união das oposições.

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