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PMDB segue para região Norte de olho em 2018

 O PMDB parece que aprendeu a lição: depois de reiteradas derrotas nas disputas para o Palácio das Esmeraldas, a sigla pretende começar a pensar mais cedo a campanha de 2018. E mais: a se articular com a militância, sempre esquecida devido às imposições dos caciques da legenda.

A direção do partido percebeu que é hora de conversar principalmente com o interior – onde a legenda costuma perder votos preciosos quando entra em disputa com os marconistas.

Nesta sexta-feira, o deputado federal Daniel Vilela (PMDB), presidente estadual do partido, vai até Porangatu, onde pretende escutar as demandas dos peemedebistas de origem. Encontros como este na região Norte ocorrerão em todos 246 municípios do Estado, avisa o parlamentar.

Pré-candidato ao governo para 2018, Vilela tem a missão de organizar a sigla e capitalizar o desgaste natural da base aliada ao governador Marconi Perillo (PSDB). Jovem e com destaque no cenário nacional, Vilela herda uma legenda capilarizada e pronta para o enfrentamento. Resta saber se sabe jogar xadrez político.

A ex-deputada estadual Vanuza Valadares espera o grupo peemedebista com a ideia de que o encontro será “um aquecimento do partido” para 2018.  Ela avisa que pretende resgatar os bons tempos da legenda, que surgiu inspirada no carisma de Iris Rezende.

O grupo do Norte precisa, por sua vez, fazer seu trabalho: saber desenvolver ações que chame atenção dos eleitores dispostos a realizar a mudança. É este o mote do encontro de hoje organizado por Vanuza e o ex-prefeito Eronildo Valadares. A reunião ocorre na sede da Câmara Municipal, a partir das 18h. De acordo com a assessoria peemedebista, ocorrerá a participação de representantes de mais 13 municípios da região.

DERROTAS

Parte das derrotas para os tucanos é culpa da desorganização do PMDB. A legenda, não raro, decide de última hora seu candidato e se perde em debates internos violentos. O partido colocou esta discussão na mesa, pretende superar nos próximos meses algumas diferenças e chegar a um denominador comum: seguir com candidatura própria.

Apesar de supostamente pontuar menos do que Ronaldo Caiado (DEM), que deseja ser o candidato dos peemedebistas, Daniel Vilela tem realizado trabalho de formação de sua candidatura. Ninguém duvida que o futuro do partido esteja em suas mãos. Apesar de Iris ser o cacique, ele não tem tempo para articular candidaturas, já que o maior desafio será colocar ordem na Prefeitura de Goiânia. E as eleições para governo são conquistadas, sobretudo, no interior.

Sem uma máquina como o PMDB, Caiado terá dificuldades em estruturar uma campanha vitoriosa.  E Daniel Vilela comanda o PMDB com toda sua artilharia: discurso crítico, estigma do novo, da necessária alternância do poder para o respeito aos princípios da democracia e alguns cartões de visitas na manga, como o pai, ex-prefeito Maguito Vilela, que elegeu seu sucessor sem sequer precisar de segundo turno. Se convencer Caiado de que ele conquistou mandato de senador graças a toda a mobilização do PMDB, terá ainda o apoio de um dos senadores mais elogiados do país.  A questão é esta: como convencer Caiado? Com o PMDB do lado, Caiado também ficaria ainda mais letal no confronto de 2018.

META

No norte, a meta de Daniel é conversar e mostrar articulação: "Queremos acentuar a democracia interna do partido, dando voz a todos e coletando in loco informações dos municípios de Goiás para elaborarmos um plano de governo completo e ousado, que não fique somente em generalidades, como a maioria dos partidos apresentam em todas as eleições", afirma Daniel Vilela.

O peemedebista já tem se aproximado de cientistas, pesquisadores, servidores públicos e realizado sondagens sobre como é possível retomar o crescimento e fazer com que Goiás supere a crise econômica.

Amanhã, Daniel e comitiva vão até São Luiz do Norte:  18 cidades da região se reúnem em um encontro no Centro Cultural João Gomes. Organizador do evento, o prefeito Jacob Ferreira diz que é hora de coletar informações e ouvir a militância: “Abrir espaço para reflexão das bases do partido é salutar. Diminui consideravelmente a chance de erro na eleição do ano que vem”, opinou.

Como se vê, os primeiros passos para 2018 foram efetivamente dados no PMDB.  Resta saber se manterá o ritmo.

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