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Maguito e Daniel Vilela saem da lista de Fachin

O Supremo Tribunal Federal (STF) tirou o deputado federal Daniel Vilela (PMDB-GO) e o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), da lista dos investigados no âmbito da Lava Jato.

A decisão, assinada pelo próprio relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, atendeu a um pedido da defesa de Daniel Vilela.

Com o deferimento do pedido, o inquérito será redistribuído pela presidência do STF nos próximos dias para algum dos ministros da corte.

“Trata-se do próprio ministro Fachin atestando que não tenho nada com a Lava Jato e acredito que a decisão também contribuirá para que essa investigação seja concluída com mais celeridade, já que os demais ministros do Supremo estão menos sobrecarregados”, afirma Daniel Vilela.

“Desde que meu nome foi citado, tenho buscado a finalização deste inquérito o mais rápido possível para atestar definitivamente minha inocência e desfazer esse equívoco”.

O deputado lembra que o próprio delator, o ex-diretor da Odebrecht Ambiental Alexandre Barradas, ao citar supostos pagamentos feitos a uma terceira pessoa a título de contribuição de campanha, afirmou aos investigadores que não conhece Daniel Vilela, que nunca discutiu doações eleitorais ou qualquer contrapartida à Odebrecht com o então prefeito Maguito Vilela e não soube especificar nem o valor da doação que alega ter feito de forma não declarada.

O delator afirmou em delação à Procuradoria Geral da República que recebeu pedido de doação de campanha do ex-secretário da Fazenda de Aparecida Carlos Eduardo de Paula. Barradas teria então repassado um valor - que ele não sabe dizer se foram R$ 500 mil ou R$ 1 milhão - por meio de caixa 2, com o objetivo de ser usado na campanha a deputado federal de 2014. “Mas posso estar carregando nas tintas aqui, não me recordo ao certo”, alertou o delator, segundo consta no vídeo do depoimento à PGR.

Conforme Daniel, Barradas também diz que teve um único encontro com o então prefeito Maguito Vilela, mas que na ocasião trataram somente do serviço de saneamento no município, que a Odebrecht assumiu após licitação realizada pelo governo estadual, por meio da Saneago.

Segundo Barradas, Maguito reclamou de alguns problemas que estavam ocorrendo com recursos destinados a obras no município por causa da licitação. Vilela relata que o delator não tratou com Maguito em momento algum sobre qualquer privilégio à empresa no município e nem doação para campanha eleitoral. Sobre Daniel, ele teria dito que não conhece e nunca viu o deputado.

Maguito e Daniel Vilela refutam as declarações do delator. Dizem que nunca receberam as doações por ele alegadas, seja por meio de caixa 1 ou caixa 2, e afirmam que a delação é repleta de inconsistências.

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