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Vereadores e presidente da Agetul são citados

Vereadores do PSDC foram citados em delação de uma servidora da Agência Municipal de Turismo e Lazer (Agetul) durante as investigações da Operação Multigrana, realizada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) que apura desvios de recursos nas bilheterias dos parques Zoológico e Mutirama. Segundo o MP, o dinheiro era utilizado para fins partidários e particulares.

Ao usar a tribuna, ontem, o vereador Jorge Kajuru (PRP) apresentou uma documentação e relatou algumas declarações concedidas pela funcionária da Agetul, Larissa Carneiro. A servidora foi presa durante a Operação Multigrana.

De acordo com o relato de Larissa registrado pelo Ministério Público e lido pelo vereador Jorge Kajuru, o atual presidente da Agetul, Alexandre Magalhães, que também preside o PSDC, chegou a orientar sobre a adulteração de valores das planilhas de arrecadação, contabilizando menos bilhetes que os que realmente foram comercializados.

A servidora argumentou a existência de caixa 2 na atual gestão da Agetul. Ela declarou que a arrecadação ilícita poderia ser observada por meio de planilhas. De acordo com a funcionária, a fraude pode ser verificada nas planilhas de janeiro deste ano, que registravam aproximadamente R$ 160 mil de arrecadação bruta, R$ 53 mil de gastos reais e R$ 106 mil de arrecadação líquida. Segundo Larissa, o valor de R$ 104 mil foi o efetivamente depositado. O recurso desviado teria sido usado para pagar passagens e combustível para Alexandre Magalhães.

Segundo a delatora, para justificar a diferença, Alexandre Magalhães teria dito que o dinheiro foi usado para cobrir gastos no Parque Mutirama. Larissa afirmou em depoimento que o presidente da Agetul teria alegado que iria levar a documentação ao prefeito Iris Rezende, mas que na semana seguinte a entrega dos borderôs originais, os documentos eram destruídos.

Defesa

Alexandre Magalhães foi ouvido pela reportagem do Diário de Goiás sobre o assunto. Sobre acusação de que o dinheiro desviado seria para bancar gasolina, o presidente da Agetul contestou.“É de rir. Primeiro que meu carro não é a gasolina. Eu ando em carro a diesel. Pra você ver o tanto que a informação é torta. Não ando nem em carro da prefeitura, meus carros são de luxo, carro blindado. Vou sujar meu nome por causa disso? Não tem cabimento. É jogo sujo mais uma vez. É tentativa da estratégia de defesa de pessoas que estão passando por alguma dificuldade”, explicou Magalhães.

O presidente da Agetul destacou ainda que a acusação tem a ver com questão política já que três vereadores do PSDC foram citados e ele também, que preside o partido.

Vereadores

A delatora também citou os nomes dos vereadores do PSDC, Jair Diamantino, Kleybe Morais e Anderson Sales (Bocão). Larissa Carneiro disse que os parlamentares pediram materiais por ofício e os valores foram anotados em contabilidade paralela com rubrica de “bola”, “rede” etc. Ela relatou ainda ter sido orientada a pagar, em uma determinada ocasião, R$ 500 a Kleybe Morais, em um envelope.

Tanto Kleybe, quanto Jair, confirmaram ao portal Diário de Goiás que encaminharam ofícios à presidência da Agetul, mas disseram que foram para solicitar benefícios a população, como material esportivo e ingressos para crianças de escolas carentes.

Jair Diamantino disse que está com a consciência tranquila que não é verdade o que a delatora declarou e que ela vai ter que provar, pois caso contrário ingressará com ação judicial, por calúnia e difamação.“Há pedidos de cama elástica, escorregador. Cabe a ela provar, pois se ela não provar vai me beneficiar sim, numa ação de danos morais que vou entrar contra ela. Nunca peguei e não preciso de dinheiro público para isso”, disse Jair Diamantino.

Já o vereador Kleybe Morais, disse que em nenhum momento recebeu algum tipo de vantagem. Ele acredita que trata-se de uma tentativa de atingir Alexandre Magalhães que foi quem ofereceu denúncia ao Ministério Público sobre supostas irregularidades no Zoológico e Mutirama. “Já pedi jogo de camisa, pedi para escolas municipais entrarem gratuitamente no Mutirama, o que é permitido por lei. Eu imagino é uma estratégia de quem tem sido atacada. Ela está se defendendo e atacando desse jeito. Dá minha parte estou tranquilo. Pedi coisas para a comunidade. Estou aberto para prestar esclarecimentos.

Anderson Sales (Bocão), declarou que não fez nenhum ofício a Agetul. “É uma situação constrangedora, meu nome sendo citado. Não tenho nenhum ofício lá. Quem não deve, não teme. Não há nenhum ofício do Anderson Sales. Se isso vier me prejudicar irei procurar a justiça e fazer denúncia por calúnia e difamação”, declarou. Anderson Sales. (Com informações do Portal Diário de Goiás)

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