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CULTURA

União do rock e hip hop

Johny Cândido Da editoria DMRevista

O Festival Na Lata, que une rock e hip hop, será lançando hoje na capital goiana, e tem como atrações principais o rapper Emicida, a rockeira Pitty e o músico Rael da Rima, conhecido por suas parcerias com Criolo e Emicida. O festival acontece no Jaó Music Hall a partir das 22 horas e promete agitar a galera.

Após Goiânia, a primeira edição do Festival Na Lata, irá passar por Brasília, Uberlândia e São Paulo. O festival tem como principio promover nos participantes a sensação da atual realidade através de críticas sociais e políticas traduzidas em música. É também uma forma de buscar inspiração pessoal através das letras escritas por músicos compositores que como qualquer pessoa também já passaram por dificuldades. O Na Lata será um festival que irá se manifestar no sentido literal do seu nome, falar o que sente sem medo, sentir e se expressar através da música, que traduz a realidade cotidiana das pessoas. Será uma experiência inesquecível.

O rapper Emicida

O cantor Emicida, que veio do gueto, esteve em Goiânia duas vezes no ano passado e lotou as suas apresentações. Ainda colhendo os frutos de seu último trabalho, O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui, lançado em 2013, Emicida está preparando novo álbum, Ubuntu, que deverá ser lançado este ano. O trabalho é um dos aprovados pelo edital Natura Musical. Leandro Roque de Oliveira (São Paulo, 17 de agosto de 1985), mais conhecido pelo seu nome artístico Emicida é um rapper, repórter e produtor musical. É considerado uma das maiores revelações do hip hop do Brasil nos últimos anos. O nome “Emicida” é uma fusão das palavras “MC” e “homicida”. Por causa de suas constantes vitórias nas batalhas de improvisação, seus amigos começaram a falar que Leandro era um “assassino”, e que “matava” os adversários através das rimas. Mais tarde, o rapper criou também uma conotação de sigla para o nome: E.M.I.C.I.D.A. (Enquanto Minha Imaginação Compor Insanidades Domino a Arte).

A rockeira Pitty

Pitty trará a Goiânia a turnê do álbum Sete Vidas, que foi gravado ao vivo, com todos os instrumentos tocados simultaneamente, no Estúdio Madeira, em São Paulo. Pitty é compositora de todas as faixas do álbum, contando com a parceria de Martin em algumas (Boca Aberta, Deixa Ela Entrar e Pequena Morte) e de toda a banda em Olho Calmo. Pitty e Emicida lançaram em julho de 2013 a música Hoje Cedo. Priscilla Novaes Leone, mais conhecida pelo nome artístico Pitty é uma cantora, compositora e instrumentista, considerada a maior representante do rock brasileiro contemporâneo.

Já passou por duas bandas antigas, Inkoma e Shes, e em 2003, com nova banda (Pitty), a cantora adotou definitivamente seu nome artístico. Vendeu mais de quinze milhões de cópias na carreira, sendo uma das bandas de rock que mais venderam nos anos 2000. Pitty, foi eleita a cantora de rock mais sexy e bonita da América Latina e no Brasil, e, ainda a 35º vocalista de rock mais sexy do mundo em 2010.

Após três anos de pausa da banda Pitty e dedicação ao projeto paralelo Agridoce, a cantora Pitty anunciou nas redes sociais que a sua banda principal está de volta, com shows já confirmado pela produção da banda. Sendo assim surgiu a divulgação do produtor britânico Tim Palmer nas redes sociais, revelando o término da mixagem dos singles do novo disco, que teve o lançamento no dia 3 de junho de 2014, em (CD e vinil) e no Itunes, o disco reúne 10 canções, todas inéditas e de autoria da cantora Pitty, Sete Vidas conta com a produção de Rafael Ramos e a mixagem do Tim Palmer que já produziu singles de artistas como: Pearl Jam, Ozzy Osbourne, The Cure, David Bowie e U2 e atualmente trabalhou na produção do novo disco da cantora Pitty.

O músico Rael da Rima

Outra atração do festival é o músico Rael, cantor paulistano de rap e MPB. Rael da Rima está há 10 anos no rap. Mas sua trajetória musical tem início bem antes disso. Com pai multi-instrumentista, mãe cantora (ambos, autodidatas) e influenciado por nomes como Djavan, Tim Maia, Caetano Veloso, Jorge Benjor, Bob Marley e Racionais MCs, ele aos poucos foi se embrenhando nesse caminho. Aos 11, teve o primeiro contato com sua vocação, fazendo cover dos Racionais. Aos 14, tocando maracatu com os surdos e tambores da fanfarra da escola onde cursou o ensino fundamental. Aos 16, começou a compor. Aos 22, motivado pelo primo a tocar violão, suas composições ganharam um tom ainda mais autoral – nascidas da inspiração melódica antes mesmo da rima (o apelido que virou alcunha está lado-a-lado com a melodia, como ele mesmo costuma afirmar).

Um bom exemplo da marca autoral de Rael está já naquela que foi sua primeira composição melódica, Vejo depois (2005), presente no documentário que integra o projeto “Global Lives”, do norte-americano David Evan Harris. Rael é uma das dez pessoas que, vivendo em diferentes lugares do mundo em circunstâncias de adversidades, tem a rotina “filmada” durante 24 horas pelo projeto (um trailer do documentário está disponível no link mencionado ao final do release). Natural do bairro de Iporanga (zona Sul de São Paulo), Rael da Rima tem no currículo dois discos lançados com o Pentágono, participações em trabalhos de alguns dos expoentes mais proeminentes do rap nacional (Sombra, Kamau, Emicida e Slim Rimografia, entre outros) e, em especial, o convite para integrar o seleto hall de artistas que estiveram no programa Som Brasil – Homenagem a Vinícius de Moraes. Atualmente segue carreira solo divulgando o seu novo álbum, Diversoficando.

Em entrevista ao DMRevista, a cantora Pitty falou sobre a expectativa do Festival Na Lata, da volta a Goiânia, sobre sua nova turnê e os parceiros Emicida e Rael

DMRevista - Qual a expectativa para essa primeira edição do Festival Na Lata que promove o encontro de estilos musicais diferentes: o hip hop e o rock? Pitty - A maior possível. Um prazer muito grande voltar a Goiânia, uma cidade que adoro, com a turnê do novo disco e ainda por cima acompanhada de dois parceiros e artistas que admiro. DMRevista - Pitty como é pra você retornar à capital goiana depois de seis anos sem um show por aqui? Pitty - Tô muito feliz com essa volta, nesse momento especial pra gente aqui. Tenho muitos amigos na cidade, bandas que gosto; Goiânia tem um público de rock muito massa. DMRevista - O que a sua turnê Sete Vidas, traz de diferente para o público? Pitty - Esse show é bem diferente dos anteriores, esteticamente e sonoramente. Agora há outros elementos no palco, instrumentos novos que adicionam mais texturas, bem como o conteúdo em vídeo que também completa o show. DMRevista - É um show para todos os gostos ou se direciona para um público específico? Pitty - Acho que é para todos os gostos, para quem curte rock e pra quem está a fim de catarse coletiva. DMRevista - Pitty, o que você nos diz da experiência de gravar com o Emicida em julho de 2013 a música Hoje Cedo? Pitty - Foi demais, adorei fazer e adorei o resultado. Acho Emicida um dos nomes mais expressivos e talentosos dessa geração, e pra mim foi uma honra fazer esse som com ele.

Em entrevista ao DMRevista, o mÚsico Rael da Rima falou sobre o encontro dos estilos musicais diferentes, do retorno à capital e da carreira solo

DMRevista - Qual a expectativa para essa primeira edição do Festival Na Lata que promove o encontro de dois estilos musicais: o hip hop e o rock? Rael - Minha expectativa é bem positiva, gosto muito do clima de festival de compartilhar com outras bandas o mesmo espaço. Isso me possibilita conhecer mais o trabalho de outros artistas, e estar incluso na primeira edição é uma honra, uma satisfação muito grande. DMRevista - Rael você se apresentou em Goiânia em dezembro do ano passado, na Set Club. Como é retornar à capital goiana? Rael - É muito bom! Todas as vezes que fui a Goiânia sempre fui bem recebido, e vejo uma identificação por parte do público com meu trabalho. É ótimo unir esses dois fatores também ao outro fato de que meus parceiros Emicida e Pitty vão estar presentes. Vai ser estouro! DMRevista - Rael você fazia parte do grupo Pentágono, também conhecido por parcerias com Criolo e Emicida. Atualmente, segue carreira solo divulgando o seu novo álbum, Diversoficando. Como esta essa nova fase? Rael - Sim, acho que ao longo dos anos tanto com o Pentágono quanto com as parcerias fui construindo um espaço pra fazer minha música e de certa forma, ganhando experiência para cair na estrada com projetos solo. Tenho curtido muito essa fase, vejo que estou fazendo a coisa certa, quando percebo uma forte identificação por parte do público. Sinto que de fato estou dialogando com eles, que sigo Diversoficando para o mundo diverso ficar! DMRevista - É um show para todos os gostos ou se direciona para um público específico? Rael - É um show para todos. Sempre tive o pensamento de que quanto mais gente eu conseguir dialogar através da minha música melhor, então sejam bem vindos todos, sem restrição. DMRevista - O que você traz de diferente nessa sua nova etapa em carreira solo? Rael - Trago uma música nova chamada Diversoficando e um novo show, no qual eu mesmo fiz a direção musical, algo que nunca havia feito. Estou curtindo muito o fato de ter ideias e poder executá-las no palco. Espero que todos gostem.

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