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Tradicionalmente, a Academia Belavistense de Letras, Artes e Ciências comemora, no mês de maio, um dia especialmente dedicado a trabalhadores das mais diferentes lidas. A instituição, presidida pela competente professora e historiadora Nancy Ribeiro de Araújo e Silva, não poderia ter sido mais feliz com a escolha da Fazenda Arapuca, localizada na zona de Bela Vista de Goiás, divisa com o município de São Miguel do Passa Quatro.
Propriedade do casal Julieta Pacheco de Moura Belchior e Dr. Lauro Belchior, pertencia ao saudoso advogado criminalista e poeta Paulo Pacheco, está em mãos familiares desde 1863, genealogia de posse iniciada com o coronel Vicente Ferreira da Silva (Vicentão).
Paulo Pacheco, falecido em 2005, é o fundador da Cadeira nº 3 da Academia Belavistense de Letras, Artes e Ciências, atualmente ocupada pela sua filha Julieta Pacheco de Moura Belchior. Entidade que tenho orgulho em pertencê-la como Sócio Correspondente.
As homenagens aos trabalhadores, ocorridas no último sábado (30/5), oportunamente escolhidas tiveram mister da lida rural. Bela Vista de Goiás que nas primeiras décadas do século passado foi considerada produtora de um dos melhores fumos do país, homenageou um produtor de fumo. Maternidade de uma das melhores cachaças de Goiás homenageou um mais puro alambiqueiro. Completando o ciclo de homenagens buscou na Educação a última diretora de uma escola rural do município para ser homenageada.
A poética centenária sede da fazenda construída em 1914, pelo casal Aurélio Rodrigues de Morais e Ludovina Ferreira de Morais foi mestre de obras, o italiano de Bolonha, Vitto Anselmo Francesco Ungarelli, que no Brasil ficou conhecido como Guido Ungarelli. Totalmente restaurada pelo casal anfitrião recebeu do Sindicato Rural de Bela Vista uma placa alusiva aos 100 anos da sua construção descerrada ao início da solenidade.
Se a fachada e o interior da sede encantam pelo seu ato de preservação patrimonial e adereços históricos, a nobre recepção proporcionada pelo casal Julieta Pacheco de Moura Belchior e Dr. Lauro Belchior é digna de registro especial pelo jeito humano de receber as pessoas.
Antes da solenidade foi servido um autêntico café colonial, para nas prévias do almoço, saboreamento de cachaça belavistense, cerveja, churrasco, pastéis, música ao vivo, com o Dr. Lauro revelando-se afinadíssimo intérprete de Nelson Gonçalves, para depois um almoço gastronômico com os mais saborosos pratos da mais autêntica comida caipira.
