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CULTURA

A Teia da Vida integra os mares e os continentes

Os oceanos e mares que formam o Talassociclo na Biosfera correspondem a 71% da superfície do globo terrestre, mas são finitos, portanto, vulneráveis ao impacto das atividades antrópicas.

A intensificação do comércio marítimo, além de acarretar uma drástica diminuição das populações de diversas espécies de peixes, moluscos e crustáceos, impacta com poluentes orgânicos e industriais, sobretudo na zona nerítica e na zona litorânea dos oceanos. A pesca excessiva nesses ecossistemas não possibilita uma recuperação populacional da maioria das espécies, o que pode determinar um grande risco de colapso na vida marinha. No Mar Mediterrâneo mais de dez espécies de tubarões já estão comercialmente esgotadas e atualmente o estoque de atum representa algo em torno de 10% do que existia em meados de século XX.

Nos últimos vinte anos, a produção de lagosta na costa brasileira caiu de 11.000 toneladas para 7 mil toneladas, e no mar do norte o bacalhau praticamente desapareceu. Os limites de pesca estabelecidos nos tratados internacionais são constantemente desrespeitados, como no caso da pesca do atum-azul do mediterrâneo, cuja quantidade capturada anualmente é o dobro da permitida oficialmente.

Os grandes navios pesqueiros são capazes de localizar cardumes por satélite ou sonar para lançarem enormes redes de arrasto que acabam capturando também enormes quantidades de moluscos, crustáceos e peixes de pequeno porte, não comercializáveis, mas que morrem esmagados na própria rede ou nos barcos antes de serem devolvidos ao mar. Não obstante, a imensa área marítima e oceânica, a biodiversidade do talassociclo, se concentra principalmente junto aos recifes de corais, às zonas litorâneas e às zonas de corrente de ressurgência, mas é justamente nessas áreas que a pesca é ostensiva, o que aumenta o risco de desequilíbrio ecológico e de extinção de espécies.

Em 2002, aconteceu em Johannesburgo (África do Sul) a Cúpula Mundial dos Povos, conhecida como Rio+10, por ocorrer dez anos após a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992. Nesse encontro houve um acordo entre os Países participantes, no sentido de promover a recuperação dos estoques de peixes comerciais até 2015.

Algumas medidas para proteção dos oceanos:

1.Criação de Unidades de Conservação para proteção dos ecossistemas marinhos.

2.Coibir a pesca predatória.

3.Reduzir o lançamento de poluentes orgânicos e industriais no oceano.

4.Não introduzir espécies exóticas no oceano.

5.Promover fiscalização rigorosa na pesca.

  1. Honrar os acordos estabelecidos em favor do meio ambiente.


7.Promover e desenvolver a racionalidade ambiental que possibilita compreender que a vida do Epinociclo (ecossistemas terrestres) é interdependente com a vida do Talassociclo (oceanos e mares) e do Limnociclo (rios e lagos).

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