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Novidade literária

A perspectiva atual é bastante complicada no cenário da política, é necessário lem­brar as pessoas que tiveram cora­gem para mudar alguma coisa em seus países e, por vezes, no mundo. Mesmo que haja uma odisseia de críticas e evidências que provem que em algum momento falharam, não se pode deixar de ressaltar o que foi feito de bom.

Virgilio Pedro Rigonatti, em o Cravo Vermelho, conta um pouco da história e importância de alguns personagens de muita representati­vidade, que inspiram luta, a busca de conhecimento e o aprendizado sobre a política e sociedade.

Para relembrá-los, o autor produziu uma lista com algu­mas pessoas que mudaram a his­tória de muita gente e as suas próprias, tornando-se ícone de toda uma geração.

CARLOS MARIGHELLA, BRASIL

Marighella ingressou, ainda jo­vem, no Partido Comunista. Foi pre­so e torturado três vezes durante a ditadura de Vargas. Elegeu-se de­putado constituinte em 1946, per­dendo o mandato pela proscrição do Partido Comunista. Foi preso novamente em 1964, após o golpe militar e libertado em 1965. Optou pela clandestinidade e organizou a luta armada em 1966. Uma das fi­guras mais importantes da resistên­cia contra a Ditadura Militar. Mor­reu após cair em uma armadilha, executado por uma salva de balas.

FIDEL CASTRO, CUBA

Revolucionário cubano, gover­nou como primeiro-ministro de 1959 a 1976 e depois como presi­dente de 1976 a 2008. Após partici­par das rebeliões contra os governos de direita na República Dominicana e na Colômbia, foi combater o pre­sidente ditatorial cubano Fulgencio Batista, com o Movimento 26 de Ju­lho, junto ao seu irmão Raúl Castro e Che Guevara. Uma figura bastante controversa, Castro ganhou muitos prêmios internacionais, reconheci­do por defender o socialismo, o an­ti-imperialismo e o humanitarismo, cujo regime revolucionário garantiu a independência de Cuba do impe­rialismo estadunidense. Se no co­meço era glorificado, com o passar do tempo foi criticado por tornar-se um dos ditadores mais longevos da história e manter e condenar pre­sos políticos. Morreu de causas na­turais em 2016.

CHE GUEVARA, ARGENTINA

Médico e militante ao lado de Fi­del e Raúl Castro, contribuiu muito para a queda do governo de Fulgen­cio Batista, tornando-se um már­tir contra o imperialismo dos EUA. Reconhecido por também contri­buir para a formação de socieda­des mais justas em países como Guatemala, Congo e Bolívia. Muito se dizia que ele não tinha medo de nada e era dono de uma inteligên­cia e perspicácia inigualável, que faz alguns acreditarem que sem ele Cuba estaria ainda sob a ditadura do legado de Fulgencio. Foi morto com uma rajada de fuzil aos 39 anos.

MARTIN LUTHER KING, ESTADOS UNIDOS

Tornou-se inspiração por suas ideias e discursos por uma cons­ciência mais justa entre negros e brancos. Seu engajamento come­çou a partir da defesa que fez para Rosa Parks, presa por não dar lu­gar no ônibus a uma pessoa bran­ca. Luther King e outros ativistas movimentaram todos os negros a boicotarem o transporte público, o que resultou a proibição de segre­gação racial nesses transportes. A partir disso começou a lutar contra a segregação em espaços públicos e chegou a receber o Prêmio Nobel da Paz. Luther King jamais abando­nou sua luta pacífica pelos direitos dos negros, inspirado nos ensina­mentos de Mahatma Gandhi. Nor­teado pela luta sem enfrentamen­to, porém corajosa e sem trégua, expondo-se a todo tipo de risco, até de violência física e de morte, orga­nizou a magnífica marcha de 1962 sobre a capital dos EUA reivindican­do a igualdade dos direitos civis da comunidade negra.

CARLOS LAMARCA

Militar desertor e guerrilheiro brasileiro, um dos maiores ícones contra a Ditadura do Brasil, princi­palmente em relação à luta arma­da. Por se desligar do militarismo e, ainda, aliar-se à resistência, foi pro­curado como inimigo dos militares. Para alguns, Lamarca foi um herói e ajudou a restaurar a democracia no Brasil; para outros, um traidor do exército brasileiro. Foram mais de dois anos de perseguição da parte dos militares e, quando localizado estava morto assassinado no inte­rior da Bahia.

SOBRE O LIVRO

Cravo Vermelho é um retrato da sociedade e dos acontecimentos dos anos 60 no Brasil e no mun­do. Transita pela inquietação da juventude em busca de novos ca­minhos, pelo embate ideológico entre direita e esquerda, pelo co­modismo de grande parcela do povo, ao mesmo tempo em que revela uma história de amor co­movente entre jovens que buscam seu lugar naqueles tempos confli­tuosos e de esperança.

SOBRE O AUTOR

Nascido em 22 de março de 1948, no bairro de Vila Anastá­cio, na cidade de São Paulo, Virgi­lio Pedro Rigonatti começou a es­crever aos 60 anos. Desde sempre o contador oral das riquíssimas histórias da família descobriu um prazer imenso em escrever ao re­gistrar em um blog a trajetória do clã. Após lançar seu primeiro li­vro, Maria Clara, a Filha do Coro­nel, pela Editora Gente, romance baseado na vida de sua mãe, deci­diu fundar a sua própria editora, a Lereprazer, cujo título de estreia é este, Cravo Vermelho. Atualmen­te, Virgilio prepara o lançamen­to da sequência de Maria Clara e trabalha em um novo romance.

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