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Teste: Andamos na Nissan Frontier fabricada na Argentina

Norton Luiz
Editor de Veículos

Fomos para a estrada com a nova Nissan Frontier 2019, agora produzida na Argentina apenas na configuração 4x4, com motor 2.3 16V diesel de 160 cv (com uma turbina) e de 190 cv (com duas turbinas). A 12ª geração da picape, que até então vinha do México, não mudou nada no design, mas recebeu melhorias em conectividade, conforto e segurança com a mudança para novo endereço de fabricação. Já imaginou uma picape com teto solar, Detector Inteligente de Objetos em Movimento e Visão 360º Inteligente? Pois bem, a Nissan Frontier tem e esses itens podem ser encontrados na versão topo LE.

Assumimos o comando da Frontier em Goiânia e fizemos o trajeto de ida e volta à cidade turística de Pirenópolis, percorrendo cerca de 300 km. A distância seria menor se não fosse a escolha de parte de caminhos alternativos, passando por estradas de chão que cortaram o Distrito de Caxambu antes de chegar ao destino. Um grupo de jornalistas da região Centro-Oeste, convidado pela Nissan, fez parte do test drive em outras seis Frontier, incluindo a versão topo LE.

Os desvios do caminho foram de propósito. Afinal, o objetivo da Nissan ao convidar jornalistas especializados para andar na picape 2019, com identidade argentina, era no sentido de permitir que a bruta pudesse ser testada também em trechos mais arrojados até o destino final da primeira etapa do test drive. Assim foi feito.

Fiz dupla com o colega jornalista Wanderley Faria a bordo da Frontier Attack, cuja versão, que se destaca pelo visual diferenciado, a marca retomou a produção e começa a ser vendida com a linha 2019 da picape. Na nossa opinião, trazer de volta a versão Attack foi uma providência acertada. O consumo registrado mostra outro acerto da nova Nissan: o motor 2.3 16V biturbo diesel de 190 cv, com câmbio automático de sete velocidades, faz 10,5 km/l.

Estrada de chão

No trecho de asfalto, saindo de Goiânia pela BR-153, passando por Anápolis rumo a Porangatu, a picape se comportou como um carro de passeio. Confortável e bastante silenciosa, a Frontier foi perfeita. O motor 2.3 16V biturbo diesel, de 190 cv e 45, 9 kgfm de torque, andou forte. Na estrada de chão, onde ingressamos 20 km depois de Anápolis, não foi diferente. O conforto do asfalto tinha ficado para trás e dali em diante a expectativa era saber como a Frontier se comportaria no chão.

Tinha chegado a hora da verdade. Afinal de contas, picape que se preza tem que mostrar-se eficiente, oferecer conforto e ser valente é no chão. Mais uma vez a Frontier não decepcionou. Encarou subidas, descidas, cascalhos e buracos de toda a sorte, rompendo todos os obstáculos à frente sem preguiça.

A Nissan Frontier conta com ângulos de saída e entrada de 27,4º e 30,6º, respectivamente, e vão livre de 234 mm, o que permite ao veículo superar todos os tipos de pavimento sem problemas. Para evitar danos na parte de baixo, há uma placa de ferro que protege o veículo por toda a parte inferior, evitando avarias em peças como cárter, radiador, motor, tanque de combustível, etc.

Não poupamos a picape no piso em que ela precisava ser forte e capaz. Fomos em frente e a Frontier mostrou valentia, suspensão com sistema multilink e molas helicoidais bem calibrada e capaz de absorver os impactos sem criar desconforto interior. Nada de esforço com a direção hidráulica no vira daqui e vira dali para manter a Frontier na estrada. É bastante precisa nas manobras e movimentos.

Fazenda Babilônia

A primeira parada foi na histórica Fazenda Babilônica, já no município de Pirenópolis. O local, de 218 anos e ainda preservado, guarda a história deixada pelos escravos que ali estiverem e muitas outras riquezas do passado. De lá, seguimos para Pirenópolis. Até aqui deu para perceber que a 12ª geração fez bem para a Nissan Frontier. A picape melhorou substancialmente em todos os sentidos, a começar pela aparência robusta.

Cortando a cidade de Pirenópolis, pegamos o caminho que nos levou até a Vila dos Pirineus, a 1.300 metros de altura. A estrada de cascalho foi percorrida morro acima sem a necessidade de usar a tração 4x4. Somente a tração traseira deu conta do recado. Fácil, fácil. O retorno foi pelo asfalto e novamente nos sentimos a bordo de um carro de passeio que se transforma, como manda o figurino, quando anda no chão.

Versões

Composta por quatro versões e fabricada em Córdoba, Argentina, desde o fim do ano passado, a família Frontier tem preços que começam em R$ 136.190, na versão S, com novo câmbio manual, e vão a R$ 193.290, na opção mais completa da gama, a LE. Até o ano passado, a Nissan Frontier disponibilizava apenas as versões SE e LE. A linha ganhou agora as versões S, a de entrada, a Attack e a XE. A SE cedeu lugar para a volta da Attack.

De acordo com a versão, que agora são quatro – S 4x4, Attack 4x4, XE 4x4 e LE 4x4 –, a linha Nissan Frontier passa a ter equipamentos como a Visão 360º Inteligente, Detector Inteligente de Objetos em Movimento, teto solar, sensor de estacionamento, câmera de ré, novo sistema multimídia A-IVI com tela de oito polegadas, sistema Isofix, seis airbags, entre outros. Também há novidades no interior, na suspensão, nas rodas, na direção, na motorização, na transmissão e no sistema de tração.

Agora, a Frontier 2019 oferece as opções com câmbio manual de seis marchas ou automático de sete velocidades e o motor 2.3 16V turbodiesel passa a ter opção de uma ou duas turbinas, que faz a potência variar conforme a configuração adotada. O motor diesel de 160 cv turbodiesel é o que tem uma turbina e está disponível apenas na versão de trabalho S, assim como o câmbio manual de seis marchas. Nas demais versões o motor de 190 cv biturbo é o de duas turbinas, associado ao câmbio automático de sete velocidades.

Além desse diferencial, a picape mantém em sua linha 2019 equipamentos como os inéditos - para o segmento - bancos “Gravidade Zero” inspirados na tecnologia desenvolvida pela NASA para eliminar a fadiga e melhorar o conforto para o condutor; os controles de tração e estabilidade (VDC - Vehicle Dinamic Control); freios ABS com controle eletrônico de frenagem (EBD) e assistência de frenagem (BA); controles automático de descida (HDC) e auxílio de partida em rampa (HSA), luz de freio de LED (CHMSL), luzes diurnas (DRL) e muitos outros.

Outra novidade em tecnologia é a introdução do sistema multimídia A-IVI. Com tela de oito polegadas, inclui os aplicativos Android Auto e CarPlay, assistência de voz e atualizações de software e do aplicativo do GPS via Wi-Fi (“Over The Air”). Permite também a conexão simultânea de equipamentos e telefones celulares.

Inédita no segmento, a navegação “porta-a-porta” é outra atração. Com ela, antes de se dirigir aonde a Nissan Frontier está estacionada, basta colocar o destino no aplicativo “Door-To-Door Navigation”, que está disponível sem custos na Play Store e no iTunes e deve estar instalado no smartphone do proprietário. Além de ajudar na localização da picape em um estacionamento grande, por exemplo, ao ligar o rádio, a rota para o destino é automaticamente transferida para a tela do multimídia.

O painel de instrumentos em TFT também recebe aperfeiçoamentos. Ele ganha novas opções de telas informativas: velocímetro digital, temperatura externa e bússola digital.

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