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Racismo: entrada de criança é bloqueada e mãe denuncia o caso em shopping de SP

Mais um caso de racismo: a operadora de caixa, Aline Cristina Lucas Santos, de 29 anos, fez um boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), em São Paulo. O filho de Aline, de 11 anos, foi barrado por seguranças ao tentar entrar no Bourbon Shopping, na última quarta-feira (25/09).

A operadora de caixa relatou que o menino acompanhava ela e a irmã no shopping, mas teve que sair do estabelecimento para pegar um brinquedo que a menina deixou cair. Ao tentar retornar ao shopping, o filho de Aline foi barrado por dois seguranças, momento em que a criança teria sofrido o ato de racismo.

“Era o meu dia de folga, fomos passear e meu filho passou por esse constrangimento. Ele ficou bastante abalado e falou que foi o pior dia da vida dele. Ele disse que não quer mais ir para shopping. A forma como ele abordou meu filho me chocou bastante. Fizeram isso porque ele é negro e está com o cabelo grande. Mas como seria se eu não estivesse com ele? Como ele iria enfrentar essa situação sozinho?”, questiona Aline, sobre o caso de racismo sofrido pelo filho.

Em nota, shopping diz que repudia qualquer ato de racismo

Através de nota, o Bourbon Shopping diz que orienta os seguranças do local a abordar menores de idade quem entrem no shopping desacompanhados e que repudia qualquer ato de racismo ou discriminatório. “Os seguranças agiram em conformidade à orientação de abordar qualquer menor de idade desacompanhado que ingresse no shopping. A medida visa única e exclusivamente à proteção deste público”, afirmou o shopping.

Aline Cristina conta ainda que ao ver a forma como os seguranças abordaram o menino, ela disse "é o meu filho". Um dos seguranças foi falar com a mãe da criança e explicou que "tem muita criança que vai lá para pedir”, conta a operadora de caixa. O advogado de Aline, Ariel de Castro Alves afirma que o boletim de ocorrência foi feito e que uma indenização por danos morais por racismo deve ser solicitada pela família da criança.

Fonte: Metrópoles

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