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Família crítica polícia do RJ por morte de adolescente

A morte do adolescente João Pedro Mattos, de 14 anos, ocorrida ontem (18), durante uma operação da Polícia Civil (PC) e da Polícia Federal (PF), no complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.

Segundo familiares e amigos da vítima, ele brincava no quintal da casa de um tio, quando policiais invadiram o imóvel e o atingiram na região do abdômen.

Já na versão da Polícia Civil, alegam que o adolescente foi atingido durante uma troca de tiros entre bandidos e policiais, sendo socorrido de helicóptero.

Pai lamenta a morte do filho

O pai de João Pedro se emocionou ao falar do filho. "Um jovem com um futuro brilhante pela frente, que já sabia o que queria do seu futuro. Mas, infelizmente a polícia interrompeu o sonho do meu filho. A polícia chegou lá de uma maneira cruel, atirando, jogando granada, sem perguntar quem era. Se eles conhecessem a índole do meu filho, quem era meu filho, não faziam isso. Meu filho é um estudante, um servo de Deus. A vida dele era casa, igreja, escola e jogo no celular", lamentou.

A família ficou mais de 17 horas a procura do jovem e mobilizou as redes sociais atrás de informações. Uma amiga da família explicou que o resgate foi feito de helicóptero, mas que a família foi impedida de embarcar com João Pedro. "Obrigaram a socorrê- lo até um campo de futebol, onde o helicóptero fez o resgate, mas impediram que os famíliares embarcassem junto com ele. A família ficou sem notícias a noite toda e agora de manhã localizaram o João no Instituto Médico Legal (IML)", declarou Érika de Souza.

Para Georgia Matos de Assis, 41 anos, os famíliares fizeram buscas durante toda a madrugada."Rodamos tudo isso aqui, São Gonçalo, Niterói, atrás dele. Até no Rio fomos. Só localizamos no IML, aqui de Tribobó [ em São Gonçalo]. Um descaso com a vida do menino", reiterou a tia do adolescente. "A família está imobilizada, estamos acabados, ele era um menino muito bom, era estudante de um colégio particular. A mãe dele é professora, família da igreja"assegurou a tia da vítima.

Investigação sobre a morte

A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte do adolescente e informou que "foi realizada perícia no local e duas testemunhas prestaram depoimento na delegacia.

De acordo ainda com a PC, a ação visava o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão contra lideranças do tráfico na região. Durante a ação, supostos seguranças do tráfico teriam tentado fugir, pulando o muro de uma casa. Segundo os policiais, eles efetuaram disparos e arremessaram granadas na direção dos agentes, que responderam. No local foram apreendidos granadas e uma pistola.

Os policiais também foram ouvidos e as armas apreendidas para confronto balístico. "Outras diligências estão sendo realizadas para esclarecer as circunstâncias do fato", informou a instituição.

*Com informações do Uol

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