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Investidores perdem quase R$ 300 milhões em 'golpe das bitcoins' em Santos, SP

A empresa BWA Brasil causou um prejuízo de quase R$ 300 milhões após fechar suas portas sem ressarcir os investidores. São 1.897 credores que perderam valores milionários ao fazer investimentos por meio da organização.

A BWA é investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público (MP) por estelionato e lavagem de dinheiro em suposto golpe da pirâmide disfarçado de investimento em criptomoedas, conhecida como bitcoins.

A empresa chegou a pedir, nesta semana, recuperação judicial, com o intuito de suspender os pagamentos. O ato, causou revolta de moradores da Baixada Santista, que também caíram no golpe.

“O pedido de recuperação judicial tem a finalidade de você se estruturar, ou seja, suspende os pagamentos, e a empresa se reestrutura para voltar a pagar. É uma medida para evitar a falência”, explica o advogado de cerca de 30 moradores da Baixada Santista que foram lesadas pela companhia.

De acordo com reportagem do G1 a empresa já teve um escritório em luxuoso edifício corporativo de Santos antes do fechamento.

Um posto de combustíveis de Santos foi a segunda empresa que sofreu o maior prejuízo, perdendo R$ 12,3 milhões investidos na BWA.

Já as pessoas físicas que perderam mais dinheiro com o golpe foram dois moradores da Ponta da Praia, também em Santos, que aplicaram R$ 5 milhões e R$ 2,5 milhões.

Defesa

O advogado José Luis Macedo, que representa a BWA Brasil, alega que o mercado de bitcoins é volátil e que a organização está empenhada em ressarcir todos os investidores.

"Se a empresa não tivesse interesse em pagar os investidores, ela não apresentaria um plano de recuperação judicial", diz. Ele também explica que o pedido foi essencial, porque mais de 50% dos negócios da plataforma eram feitos via Bitcoin Banco, que pediu recuperação judicial em novembro do ano passado.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou o pedido de recuperação da empresa BWA Brasil no último dia 8. A decisão foi do juiz Marcelo Barbosa Sacramone, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.

A empresa Lastro Consultores foi delegada pelo juiz para administrar a recuperação do negócio.

Segundo o magistrado, o primeiro relatório financeiro deste processo deverá ser apresentado em 15 dias. "Especial atenção deverá ser dedicada à fiscalização das atividades das devedoras, o que também se estende ao período anterior à data do pedido, a fim de se apurar eventual conduta dos sócios e administradores que possam, culposa ou dolosamente, ter contribuído para a crise", disse o juiz na decisão.

*Com informações do G1

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