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A assistente administrativa Thatiane Santos, 26, foi agredida no dia 14 de agosto por um policial militar de folga durante uma discussão em um bar, no Distrito Federal, conforme contou ao site UOL. De acordo com a reportagem, a mulher estava comemorando um aniversário com as amigas no estabelecimento, identificado como Sun Beer Sports Bar, e teve o rosto atingido por um tapa, desferido pelo policial Aetsonclei Belarmino.
"Parece que a minha vida acabou. Nunca imaginei passar por isso, nem meu pai nunca encostou a mão em mim", apontou Thatiane à matéria da coluna Universa. A jovem contou ao portal que precisou de atendimento médico após a agressão. As marcas do tapa permaneciam no rosto mesmo depois de uma semana, segundo ela.
De acordo com a assistente administrativa, a discussão teria iniciado após Thatiane defender uma amiga de uma ofensa. As palavras teriam sido ditas pela esposa do policial. Thatiane explicou ao UOL o que teria acontecido naquela noite.
"Minha amiga estava passando mal por ter bebido um pouco mais naquela noite. Eu não estava alcoolizada e me coloquei à disposição para ir ao banheiro com ela. Estava segurando minha amiga, mas, ao subir a escada da parte interna do bar, resolvi retornar à mesa, pois estávamos de salto".
"Havia um casal na entrada da escada, e a moça começou a ofender minha amiga dizendo: 'Nossa, que ridícula, minha filha nunca vai estar assim'. Eu me virei e perguntei se ela nunca havia bebido e começou a discussão".
De acordo com Thatiane ela também teria sido ofendida após fazer o questionamento à esposa do policial. "Ela falou 'não é da sua conta, piranha' e me agrediu com um chute na perna. Afastaram a gente e, ao me aproximar de novo, ele deu um tapa muito forte no meu rosto".
Policial diz que também foi agredido
A reportagem do Universa procurou o policial. Ele não quis gravar entrevista, mas enviou uma mensagem ao site. No texto, ele pontua que também foi agredido.
"Infelizmente, as imagens do local, que mostram ela [Thatiane] e mais cerca de 12 pessoas tentando agredir a mim e a minha esposa, ninguém mostrou. Todas as imagens e o laudo do Instituto Médico Legal, com minhas lesões, foram entregues a Deam", contou.
A publicação ressalta que as versões deles são apuradas pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam). Já a Polícia Civil disse ao UOL que as imagens não podem ser divulgadas. Isso porque fazem parte do inquérito policial que está sendo investigado.
Inquérito foi aberto pela PM
A Polícia Militar do Distrito Federal ressaltou à reportagem que o policial Aetsonclei Belarmino está de férias. Assim que voltar desse período, será afastado das atividades operacionais. Ele deve ficar responsável por atividades administrativas. A PM completou que Belarmino responderá a um inquérito na Corregedoria Militar, conforme a matéria.
Já o bar divulgou nota, destacada pelo site, em que realça que "não compactua com nenhum tipo de violência contra o ser humano, principalmente contra a mulher".
"Salientamos que, em nenhum momento, fomos parciais ao agressor. As medidas tomadas no momento tiveram, única e exclusivamente, o intuito de findar a confusão".
