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MP investiga se mulher em coma há 21 anos é criança que desapareceu nos anos 70

O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) investiga se Clarinha, como ficou conhecida a mulher sem registro oficial que está internada em estado vegetativo no Hospital da Polícia Militar (HPM), em Vitória, após um atropelamento em junho de 2000, pode estar ligada ao sequestro de uma criança mineira em Guarapari, em 1976.

De acordo com o MPES, uma equipe de papiloscopistas da Força Nacional de Segurança Pública, que estava em operação no estado em 2020, soube do caso e pediu autorização para ajudar na investigação.

A equipe de papiloscopistas usou processo de comparação facial, com buscas em bancos de dados de pessoas desaparecidas com características físicas semelhantes às da mulher.

"A partir dessas buscas, chegou-se ao caso de uma criança de 1 ano e 9 meses desaparecida em Guarapari, em 1976. Na época dos fatos, a família dela, que é de Minas Gerais, passava férias no Espírito Santo. Para a confirmação das semelhanças físicas entre a menina desaparecida e 'Clarinha', foi solicitada a realização de exame de reconhecimento facial por uma empresa especializada neste trabalho localizada no Paraná', disse o MP em nota.

De acordo com o Ministério Público, o exame feito pela empresa concluiu haver "compatibilidade" entre as imagens de Clarinha e a da menina desaparecida em 1976 e requisitou a um laboratório o perfil genético de Clarinha.

"Após essa coleta mais recente, iniciada com o processo de comparação facial, o MPES enviou o material genético para a Polícia Civil de Minas Gerais, que mantém arquivado o perfil genético dos pais da criança desaparecida em Guarapari. O Ministério Público capixaba solicitou a comparação entre os perfis genéticos e, neste momento, aguarda o resultado dos procedimentos adotados pela Polícia Civil mineira", disse o MP.

Clarinha foi atropelada em junho de 2000, no Centro de Vitória. Ela foi socorrida por uma ambulância e chegou ao hospital já desacordada e sem nenhum documento. Ela está na enfermaria do HPM.

O médico tenente-coronel Jorge Potratz foi quem escolheu o nome para Clarinha.

“A gente tinha que chamar ela de algum nome. O nome não identificada é muito complicado para se falar. Como ela é branquinha, a gente a apelidou de Clarinha”, disse Potratz à TV Gazeta, em 2016.

Segundo a equipe o coma da paciente é considerado elevado.

“A gente classifica o coma em uma escala de três a quinze pontos. Quinze é o paciente acordado e lúcido e três é o coma mais profundo. Ela não tem nenhum contato com a gente e por isso a gente considera um coma de sete para oito”, explicou o médico.

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