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Servidora diz que Ibama não tem controle na emissão de licenças

Na última quinta-feira (6), Adriana da Silva Mascarenhas, de 46 anos, servidora do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) afirmou que no instituto há um esquema de emissões irregulares de autorizações para animais exóticos. Ela é suspeita de fornecer a licença irregular da Naja kaouthia encontrada na casa do estudante Gabriel Ribeiro no Distrito Federal (DF).

Segundo o portal Metrópoles, Adriana da Silva Mascarenhas, que está afastada do órgão gravou um vídeo em que nega seu envolvimento com o tráfico de animais. No entanto, o advogado dela, Rodrigo Videres, afirmou que não há controle na emissão de licenças para os animais que passam pelo DF.

“É preciso ficar claro que o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) não possui estrutura física nem humana para cuidar dos animais que chegam lá. Muitas pessoas se aproveitam desse cenário para conseguir ter acesso a animais que são liberados em razão da falta de capacidade do Ibama em mantê-los. Esse cenário acaba favorecendo esse esquema para a emissão de licenças. Ninguém no Ibama sabe se depois do processo esses animais são vendidos clandestinamente”, diz.

Segundo ele, também outros servidores do órgão teriam fornecido licenças irregulares que não foram controladas, a justificativa seria que como não existe meios para manter os animais, o andamento das liberações precisa ser acelerado devido à grande demanda.

Afastamento do Ibama

Adriana da Silva Mascarenhas afirma que não tem participação no caso de tráfico das cobras exóticas encontradas com o estudante de veterinária, Gabriel Ribeiro. “Tudo não passa de um assédio moral que estou sofrendo desde abril do ano passado”, afirma.

O advogado da servidora que responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) pelo caso alegou que as cobras nem mesmo passaram pelo Ibama. “São serpentes que saíram de forma clandestina de seus habitats e chegaram ao Brasil e no DF também na clandestinidade”, esclarece.

No entanto, as informações sobre o processo movido contra Adriana Mascarenhas pela 9ª Vara Federal Cível da Justiça Federal do Distrito Federal apontam indícios de seu envolvimento com os fatos investigados relacionados ao tráfico internacional de animais silvestres e de improbidade na emissão de licenças.

Para o juiz, o afastamento da servidora é necessário uma vez que ela possui autorização para acessar as dependências do Ibama. “Pode interferir na apuração dos fatos e no levantamento probatório”. Os agentes da polícia encontraram licenças emitidas pelo Ibama com o nome da servidora na residência do estudante que está preso.

Além das licenças que autorizam a coleta, captura e transporte de animais, a suspeita teria expedido ao menos outras duas permissões, uma para o transporte de dois papagaios e outra envolvendo um mico-estrela. Ambas são alvo de investigação e foram espedidas para pessoas conhecidas de Adriana.

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