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Geleira que derreteu na Islândia ganha "lápide" alertando sobre impactos ambientais

A geleira, que se chamava Okjökull,foi declarada "morta" em 2014 após derreter devido o aquecimento global. Em 1901, ela era uma massa compacta de gelo que ocupava cerca de 38 km², mas, em 1º de agosto de 2019, tinha menos de 1 km².

A primeira foto, à esquerda, mostra Okjökull em 1901, com cerca de de 38 km². Na segunda, à direita, tirada em 2019, Ok está com menos de 1 km². Foto: Reprodução

Neste domingo (18), o local ganhou uma placa para alertar os impactos ambientais causados pelas interferências humanas. Após o derretimento, Okjökull passou a ser chamada apenas por Ok, a primeira geleira da Islândia a perder esse status.

"Okjökull é a primeira geleira islandesa a perder seu status de geleira. Nos próximos 200 anos todas as nossas geleiras devem seguir o mesmo caminho. Esse monumento atesta que nós sabemos o que está acontecendo e o que deve ser feito. Só vocês sabem se fizemos o que deveria ter sido feito", alerta a placa.

Ainda, a placa consta o termo "415 ppm CO²", para se referir ao marco histórico de emissão histórica de emissão de 415 partes por milhão de dióxido de carbono emitidas na atmosfera, atingido em maio de 2019.

Este é o primeiro monumento dedicado a uma geleira

A palca foi criada pela Universidade Rice de Houston, nos Estados Unidos, junto com o escritor Andri Snær Magnason e o geólogo Oddur Sigurðsson, o especialista em geleiras que declarou a morte de Ok, em 2014.

"Ao marcar o falecimento de Ok, nós esperamos atrair a atenção para o que está sendo perdido enquanto as geleiras da Terra se vão. Esses corpos de gelo são as maiores reservas de água fresca do planeta", afirmou a antropóloga Cymene Howe, em nota divulgada pela universidade.

"Ela foi a primeira geleira islandesa batizada a derretar por causa de como os humanos transformaram a atmosfera do planeta. Seu destino vai ser compartilhado por todas as geleiras islandesas a não ser que a gente aja agora para reduzir radicalmente as emissões de gases de efeito estufa", completa Dominic Boyes, outro antropólogo da Universidade Rice.

*Com informações divulgadas pelo G1

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