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CORONAVÍRUS

Homem é investigado por criar e distribuir substâncias desconhecidas prometendo curar Covid-19

Um homem está sendo investigado por suspeita de criar e distribuir substâncias desconhecidas com a promessa de curar em até 12 horas pessoas diagnosticadas com Covid-19, em Palmeiras de Goiás, a cerca de 70 km de Goiânia. O suspeito, identificado como Cláudio Cardoso é investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.

O homem aparece em um vídeo que mostra o momento em que ele vai a um hospital pegar o kit que foi recolhido pela equipe médica após ser entregue indevidamente a um paciente.

À TV Anhanguera, o suspeito revelou em uma ocasião que o tratamento seria feito com o consumo de cápsulas e de um líquido produzidos de forma caseira. Na época ele não revelou, no entanto, as matérias-primas usadas para criar a substância.

Na segunda-feira (29) o material foi encontrado escondido na marmita de um paciente de Covid-19 internado no Hospital Municipal de Palmeiras de Goiás. De acordo com o diretor da unidade de saúde, o médico Tarciso Liberte Romão Borges Júnior, a descoberta foi feita por uma enfermeira.

As substâncias foram entregues a Tarciso pela enfermeira. O profissional contou que após isso, as cápsulas e o tubo foram guardados para análise e, depois, o homem que se identificou como criador das fórmulas foi ao hospital exigi-los de volta.

“Eu decidi recolher e mandar para análise porque não tem rótulo, nada que identifique o que seja. No fim do dia, ele foi à unidade e brigou com as enfermeiras porque queria a medicação”, disse o médico.

Ainda no vídeo, o homem aparece discutindo com policiais militares e representantes do hospital. Na gravação o suspeito alega que os profissionais de saúde teriam roubado ele.

“Aquela senhora e aquele doutor pegaram um produto meu e mandaram para análise sem nenhum mandado, sem um juiz bater um martelo. Tomaram de uma senhora que deixei na condição de ela usar, gratuito. Ela não usou e tomaram dela para fazer análise”, esbravejou na gravação.

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) foi acionado e está investigando o caso. De acordo com o promotor de Justiça Eduardo Prego, deve ser solicitado às autoridades em saúde que avaliem as substâncias usadas para descobrir do que se trata.

Medicamentos sem eficácia

O investigado não revelou quais as substâncias usadas em sua fórmula. No entanto, ainda neste mês, a Associação Médica Brasileira (AMB) divulgou um boletim condenando o uso de remédios sem eficácia contra a Covid-19.

"Reafirmamos que, infelizmente, medicações como hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da COVID-19, quer seja na prevenção, na fase inicial ou nas fases avançadas dessa doença, sendo que, portanto, a utilização desses fármacos deve ser banida", diz o texto da AMB.

Além disso, no documento a entidade cita 13 pontos para enfrentamento da pandemia e reforça a necessidade de prevenção da Covid-19. Entre eles estão acelerar a vacinação, manter o isolamento social, o uso de máscaras e a necessidade de ação das autoridades para solucionar a falta de medicamentos no atendimento de pacientes internados com a doença.

*Com informações do G1.

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