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LIBERDADE

Artistas e leitores se unem para homenagear os 21 anos de história do Cinco de Março e os 35 anos de existência do Diário da Manhã. Nasce assim a “Coleção de Artes 56 Anos de Liberdade”, que poderá ser vista de maneira permanente na sede deste Jornal, marcando ainda o surgimento de um novo espaço físico dedicado à manifestação criativa, ao encontro e à reflexão. Acrescentando vigor e diversidade a esta homenagem, está sendo formada dia a dia uma corrente em que os 35 participantes da primeira fase do projeto da Coleção indicam 21 outros artistas que ainda não tenham sido citados pela imprensa goiana em geral, e que nem por isso deixam de fazer uma arte digna do nome. É, uma vez mais, um garimpo de pedras preciosas que este Jornal, na área das artes como do jornalismo, promove em nome da evolução que é fruto de uma criteriosa renovação. Testemunhamos aqui, de forma privilegiada, a arte que dá mão à arte, o olhar que acende uma luz, a liberdade que se soma à liberdade. Em meio a tantas possibilidades, o resultado é um só: assim se torna cada vez maior e mais forte a corrente que interliga o leitor aos novos tempos.

Nesta edição, o artista Manoel Santos nos apresenta Blanche:

Um dom transformador

Por meio do realismo fantástico, Blanche consegue mudar vidas. Um pouco do seu universo colorido, reservou para homenagear a história do Diário da Manhã

Untitled-10 copyEm todos os momentos da vida, Blanche teve ao lado uma grande companheira: a pintura, claro. Se na infância desenhava continuamente ao lado dos irmãos, quando cresceu e resolveu cursar faculdade, aparentemente, fora do mundo dos pincéis, levou consigo a sede de criar. Dessa forma, na carreira de assistente social, colore a dura realidade de indivíduos, cujo brilho anda fosco.

“Encaixo a pintura na minha profissão. Porque, às vezes, as pessoas nos procuram apenas para que possamos envolvê-las em uma linguagem que as liberte de um cotidiano engessado e estressado”, explica.

Ao englobar os dotes de pintora e desenhista na assistência social, tem prazer em ver pessoas deprimidas se reerguerem. Assim como reflexo do bem que faz, o ofício lhe traz novos sentidos a sua arte. “A convivência com as pessoas transforma a forma com que eu vejo o mundo e, tudo isso, também transfiro às minhas telas”, explica.

Acompanhada sempre pela aquarela dos desenhos e da pintura a óleo, sua obra é como uma autobiografia. Mas, claro, com várias licenças poéticas.

Ela viu, por exemplo, sua linguagem artística, até então voltada à natureza do Cerrado e nas sempre presentes orquídeas, se amplificar após a maternidade. Tomada pelo universo infantil, suas inspirações se voltaram às figuras humanas, com um toque de encantamento.

“Passei a ter outra percepção de mulher. Vivi situações íntimas, que me levaram a um realismo fantástico e a situações místicas e alegres”, explica ela mostrando um quadro no qual transformou a filha, quando criança, em uma delicada fada.

É tratando a arte como uma reflexão íntima, onde o criador precisa se manifestar com liberdade, que Blanche chega a esta página para celebrar os 56 anos do Diário da Manhã. “O papel do jornal é muito importante, porque precisamos muito que a imprensa divulgue os caminhos que os artistas estão tomando, o que fizeram e o que pretendem fazer”, elogia.

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