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Manifestação em Rio Verde reúne milhares para cobrar segurança

Empresários, moradores e religiosos afirmam que governo não atende requerimentos e coloca em risco população

Oníria Guimarães,Da editoria de Cidades

Mais de 3 mil pessoas participaram ontem de manifesto contra a falta de segurança pública em Rio Verde. O comércio fechou suas portas durante duas horas em protesto contra a onda de violência que vem assustando e desestabilizando comerciantes, comerciários e empresários de todos os segmentos econômicos do município.

De 13 às 15h, a Avenida Presidente Vargas ficou tomada pelos manifestantes, que se vestiram de preto e portaram faixas pedindo mais policiamento para o governo de Goiás; um centro de detenção para menores infratores; a construção de uma nova Casa de Prisão Provisória; implantação de 250 tornozeleiras para criminosos que cumprem pena em regime aberto ou semiaberto; porta com detector de metais no fórum de Rio Verde; implantação de mais três varas criminais no Fórum; implantação de laboratório para exames de drogas; implantação de fundo municipal de combate às drogas e mais câmeras de videomonitoramento.

Durante a passagem dos manifestantes, as portas do comércio fecharam em protesto à falta de segurança. O evento organizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), pelos sindicatos do comércio varejista e do gênero alimentício, pela Associação Comercial e Industrial (Acirv) e pelo Poder Judiciário foi pacífico e conseguiu chamar a atenção da cidade, que possui mais de 200 mil habitantes e já não suporta conviver com o medo diante de tantos assaltos, estes acontecendo cada vez em maior número, no comércio, nas residências e até nos pontos de ônibus onde milhares de trabalhadores esperam sua condução para as indústrias que se instalaram no município.

Nas faixas portadas pelos manifestantes, frases chamavam a atenção do governador Marconi Perillo para a responsabilidade, que é toda sua, de manter o município equipado com mais viaturas, policiamento e para que tome providências urgentes em relação à segurança no que se refere não só a policiamento nas ruas, mas para medidas que vão mais além, como um lugar para colocar os menores infratores que não têm para onde ser enviados e acabam retornando para as ruas e cometendo os mesmos crimes, e em relação ao Poder Judiciário, que se vê de mãos atadas diante da sobrecarga de processos criminais no município, estes julgados apenas em duas varas.

Bandidos

De acordo com o presidente da CDL, Mário Furacão, o manifesto é apenas o início de um trabalho de fiscalização e cobrança por parte das entidades para que Rio Verde não continue nas mãos de bandidos. "Esse manifesto atingiu o nosso objetivo, que era concentrar um grande número de pessoas que levasse o governador a entender que Rio Verde é uma cidade que arrecada muito e precisa ser olhada com mais atenção. Estamos tendo muitos problemas com assaltos não só no comércio, mas a muitos cidadãos na rua ou em suas próprias residências", afirmou o empresário.

Mário disse ainda que este não é um movimento isolado, mas é o início de um trabalho que vai continuar.

COBRANÇA

"Tivemos mais de três mil pessoas na rua, com isso vamos começar um trabalho que terá sequência. Vamos acompanhar semanalmente o que estará melhorando em relação à segurança pública e vamos estar cobrando, das autoridades, medidas que possam melhorar a vida do cidadão rio-verdense. A CDL continuará cobrando do governador e do secretário de Segurança o que Rio Verde precisa e com certeza vai haver mudanças", concluiu Mário Furacão.  O manifesto terminou no horário previsto, na Praça Joaquim da Silveira Leão (Praça da Matriz), com oração feita pelo padre Olavo Luiz Bremm pedindo paz. No término também foi feito pelos organizadores um convite para que a população participasse de uma palestra que seria ministrada hoje a partir das 9h, pelo juiz Márlon Reis, sobre a necessidade da reforma política.

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