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Voluntários podem acelerar descoberta de vacinas contra dengue

Estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) começou em 2013 e está na segunda fase

Agência Brasil

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), responsáveis pelo desenvolvendo de uma vacina contra dengue buscam voluntários para testes em humanos. O estudo começou em 2013 e está na segunda fase. A previsão é que as doses estejam disponíveis nos postos de saúde em três anos.

A vacina é produzida com o próprio vírus da dengue, mas enfraquecido. "Até agora foram vacinados cerca de 160 [voluntários], todos eles toleraram muito bem a vacina e a gente pode entender cada vez melhor que, provavelmente, trata-se de uma vacina muito segura", disse o professor de Medicina Esper Kallas.

Nesta segunda fase do estudo, o objetivo é vacinar mais 140 voluntários até o meio do ano. Segundo os pesquisadores, os testes em humanos são necessários porque, antes de chegar ao público, a vacina vai passar por uma terceira etapa, com a aplicação das doses em mais 15 mil pessoas.

Os efeitos colaterais não são graves, de acordo com a coordenadora da pesquisa, Lilian Ferreri. "Algumas pessoas relatam um pouco de dor no corpo, uma vermelhidão na pele, mas nada grave, nada que tenha sido necessário internar alguém ou coisas desse gênero", relatou. A vacina ainda vai passar por uma terceira fase de testes, com 15 mil pessoas.

Os voluntários precisam ter entre 18 e 59 anos. Quem quiser se inscrever para receber a vacina deve ligar para o telefone (11) 2661-3344 e agendar uma triagem.

EM 2016

A candidata a vacina contra dengue que está mais adiantada é a da farmacêutica francesa Sanofi. Em novembro do ano passado  foram divulgados os resultados de um estudo que envolveu 20.869 crianças e adolescentes da América Latina, inclusive do Brasil. Os resultados mostram que a vacina foi capaz de prevenir, em média, 60,8% dos casos de dengue em geral e 95,5% dos casos graves.

A vacina teve níveis de proteção diferentes para cada sorotipo. Para o sorotipo 1, a proteção foi de 50%; para o sorotipo 2, foi de 42%; para o sorotipo 3 foi de 74% e para o sorotipo 4 foi de 77,7%.

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