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Ato público pede reajuste e melhores condições de trabalho nas universidades

Um ato público para reivindicar reajuste salarial e melhores condições de trabalho dos professores e servidores das três universidades públicas estaduais de São Paulo está sendo realizado na tarde de ontem na capital paulista, com uma concentração no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), seguida de caminhada pela Avenida Paulista e pela Rua Itapeva, onde fica a sede do Conselho dos Reitores das Universidades do Estado de São Paulo.

O ato contou com a participação também de estudantes e reúne, segundo os organizadores, cerca de mil pessoas, enquanto a Polícia Militar estima a presença de 150 manifestantes. A manifestação ocorre de forma pacífica, até o momento.

Na tarde de ontem, ocorre uma reunião entre os reitores das três universidades – Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) – e o Fórum das Seis, que reúne representantes dos sindicatos e dos diretórios dos estudantes.

No encontro, informou Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), deve ser discutido o aumento salarial dos professores e funcionários, que pedem reajuste de 11,6%.

“Agora é o momento de nossa campanha salarial. Estamos pedindo o ICV [Índice do Custo de Vida] do Dieese [Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos], de 8,36%, e mais 3% de perdas anteriores. Estamos indo agora para negociação com os três reitores e esperamos ser atendidos nisso”, disse Carvalho.

TETO

Além do reajuste, eles protestam contra a proposta do governador Geraldo Alckmin, que foi encaminhada para a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), para estabelecer um teto máximo de repasse de verba para as universidades.

Antes estabelecido como piso, a proposta fixa como teto o valor de 9,57% da cota do estado do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Esse talvez seja o problema maior que apareceu agora. Temos uma dotação orçamentária de 9,57% de ICMS do estado como mínimo desde 1989. O Alckmin agora mandou resposta à Assembleia Legislativa trocando o mínimo por máximo”, criticou p o diretor do Sintusp.

“Isso significa restrição de recursos financeiros às universidades”, acrescentou João Zanetic, professor sênior do Instituto de Física da USP. “Isso afeta diretamente os laboratórios de pesquisa, os hospitais universitários. Isso afeta a qualidade de ensino, de pesquisa e de extensão, que é o que uma universidade tem que oferecer à população”, acrescentou o professor.

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