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Crianças denunciam exploração sexual com passeata  

Uma criança de 8 anos foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no Espírito Santo. Se hoje é banal, no dia 18 de maio de 1973 o fato chamou a atenção da sociedade. E ela se indignou deste então. O corpo da menina apareceu carbonizado seis dias depois. Conforme os relatos policiais da época, os agressores eram jovens de classe média alta e jamais foram punidos.

O dia 18 passou a ser o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”. Ontem, mais uma vez o “Caso Araceli” voltou a mexer com as emoções de crianças e adolescentes, que rememoraram com indignação o episódio.

Agora mesmo Goiás é notícia em todo o País, com as agressões sexuais contra crianças e adolescentes kalungas, de uma comunidade de minorias na cidade de Cavalcante. O caso é investigado pela Polícia Civil e envolve a participação de políticos e moradores de outras regiões.

Exatamente por conta de casos como este de Cavalcante que, ontem, Aparecida de Goiânia realizou a 3ª Caminhada em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A ação foi realizada no Parque da Família, na Avenida Independência, com entrega de panfletos explicativos sobre a necessidade de não se calar sobre casos de violação dos direitos das crianças e adolescentes.

Três centros de referência especializado em Assistência Social e conselhos tutelares realizaram o atendimento para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, como exploração sexual, violência doméstica, entre outros, em Aparecida. Em parceria ao trabalho da prefeitura, a Promotoria de Justiça e o Juizado, ambos da Infância, e Juventude e Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente atuam nos casos mais graves.

“A violência está em todos os lugares, por isso é fundamental ações nas escolas, em parceria com pais e toda comunidade”, pontuou a coordenadora do Creas II Patrícia Evers.

GOIÂNIA

Cerca de 250 alunos da Escola Municipal Grande Retiro assistiram ontem à palestra de conscientização da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (GCM). A ação integra a programação do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, comemorado hoje, dia 18 de maio.

Na ocasião, as crianças e adolescentes, com idade entre 6 e 14 anos, receberam orientações da equipe do Programa Anjos da Guarda, que abordou as formas de prevenção à violência sexual, como denunciar e quem são as pessoas de confiança. Os educandos também puderam ver uma apresentação teatral e participaram de atividade lúdica no pátio da escola.

De acordo com a diretora da escola, Nildilene Bárbara Marques, os professores encararam como um desafio trabalhar a temática em sala de aula. “É um assunto polêmico, mas temos a obrigação de olhar por nossas crianças e adolescentes. A atividade de hoje representa a culminância de um projeto maior que trabalhamos dentro da escola”, ressaltou.

Para Karolyne Tereza Souza Santos, 13 anos, aluna do oitavo ano, o tema é interessante e os adultos não falam muito a respeito. “Quando eu era criança, meu pai sempre falava para eu não conversar com estranhos e não aceitar pirulitos, doces e presentes de quem não conhecia. Mas, no geral, meus pais não falavam o porquê, eu não devia aceitar”, disse a aluna.

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