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"Goiás tem hoje relevância internacional", afirma o governador Marconi Perillo

Em entrevista ao jornalista João Unes, do site de notícias A Redação, o governador Marconi Perillo fez na noite desta quarta-feira (13/5), em Nova York, um balanço dos três dias da missão oficial aos Estados Unidos, além de abordar os 140 primeiros dias do 4.º mandato, o ajuste nas contas governo e a retomada dos investimentos.

O governador disse que os ajustes foram e são necessários em função da crise econômica nacional, e revelou que sua meta é voltar a pagar integralmente os salários dos servidores estaduais no último dia útil do mês trabalhado antes do final do ano – o prazo estabelecido até dia 31 de dezembro de 2015. Marconi observou que os salários "estão sendo pagos rigorosamente em dia" e que isso significa que "não há parcelamento".

O site A Redação acompanhou o governador e a comitiva de Goiás na missão aos Estados Unidos, que teve início na última segunda-feira (11/5) e se encerrou nesta quarta (13/5).

Abaixo, os principais pontos:

Balanço da viagem
O balanço é positivo porque conseguimos em um curto espaço de tempo participar de vários eventos de grande importância para o Estado e para o Brasil. Também fizemos contatos com duas importantíssimas universidades aqui dos Estados Unidos, Harvard e Columbia. Esses contatos foram possibilitados pelo secretário Thiago Peixoto. Nestes encontros tivemos a oportunidade de falar sobre vários convênios que poderão ocorrer com vistas à melhoria dos indicadores goianos, na educação, na competitividade, na produtividade, na escolha de áreas nas quais o Estado possa investir daqui pra frente. Além de um possível intercâmbio futuro com vistas à introdução em Goiás de um programa que é semelhante ao Ciência Sem Fronteiras, que será o Goiás Sem Fronteiras. O grande momento desta viagem foi a premiação dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Bill Clinton, com a participação de cerca de 2 mil líderes empresariais brasileiros. Em todos estes momentos, o Estado de Goiás foi fortemente destacado. Isso tudo cria uma agenda presente e futura do mais alto valor.

Goiás no Brasil e no mundo
Vamos continuar fortalecendo ideias e conceitos que temos em relação à gestão pública, estamos contratando consultorias para aprimorarmos a gestão nos aspectos de competitividade, produtividade e educação. E vamos, é claro, buscar modelos eficientes que tenham dado resultados positivos em outros lugares do Brasil e do mundo. Nós tivemos já agendas criativas no passado, tivemos agora nesse último governo, fizemos algumas mudanças e inovações importantes. Agora, se nós pudermos criar mais, vai ser importante, a gente adotar, buscar ferramentas que estejam dando certo nas melhores governanças espalhadas pelo País e pelo mundo. É preciso deixar claro uma coisa. Aquele tempo do Goiás atrasado, arcaico, tímido, inexpressivo, pouco agressivo, acabou. Nós inauguramos um tempo de modernidade no Estado, de avanços em todas as áreas, especialmente nas áreas das novas tecnologias, da comunicação, do diálogo, da infra-estrutura, dos investimentos. A voz de Goiás tem sido representada por mim e por muitos outros atores goianos em muitos fóruns pelo Brasil e pelo mundo afora. Eu acho que esse é um legado que nós vamos deixar. Goiás deixou de ser uma província, um Estado periférico, para ser um Estado relevante, um Estado importante no contexto nacional e internacional.

Ajuste fiscal
O ajuste fiscal é coordenado por mim, executado por ela [Ana Carla Abrão] em uma parte, em outra parte pelo secretário Thiago [Peixoto], em outra pelo vice-governador e pelos outros secretários. Todos nós estamos envolvidos em uma agenda que tem como objetivo equilibrar pra valer o orçamento, manter o equilíbrio financeiro, e no futuro a curto prazo, termos recursos para investimentos e garantirmos as melhorias permanentes nos serviços oferecidos à população. Especialmente nas áreas essenciais, que são Educação, Saúde, Segurança Pública e Infraestrutura.

Celg
Essa não é uma agenda minha, é uma agenda do governo federal, da Eletrobras. A Celg hoje, majoritariamente, é de propriedade da União, 51% das ações são da Eletrobras. Então, caberá ao governo federal conduzir esse processo. De qualquer maneira, tem o meu apoio caso isso venha a acontecer. Nós estamos em acordo com o governo federal de que uma empresa do tamanho da Celg precisa de muito dinheiro para novos investimentos, para atender as demandas da sociedade, dos clientes da Celg, no nível residencial, comercial e industrial. O agronegócio depende muito de energia. É preciso criar condições de suprimento de energia, construindo mais subestações, linhas de transmissão, melhorias gerais no sistema. Nesse aspecto, não tenho dúvidas que a privatização da Celg vai ser importante. Esta não pode ser uma discussão ideológica, uma agenda partidária. Esta é uma agenda de Estado. E no Brasil, tudo que foi privatizado ou concessionado, funciona muito melhor hoje do que o que continua na tradição da gestão pública arcaica.

Investimento em tecnologia e inovação
Num mundo tecnológico como o que a gente vive hoje, nós precisamos de uma agenda de tecnologia, onde o cidadão possa estar conectado de forma digital a todos os serviços que precisam ser prestados aos usuários. As pessoas não querem saber de picuinhas entre partidos, entre instituições, o que as pessoas querem é um Estado que seja eficiente, projetos e propostas que possam realmente dar um upgrade na vida das pessoas. Nós do governo do Estado estamos muito preocupados com isso e acredito que, se tivermos uma agenda para o País, as pessoas vão agradecer e vão compreender. Mesmo que isso resulte em alguns sacrifícios circunstanciais.

Salários do funcionalismo
Na verdade nós sempre adiantamos os salários dos servidores, pagando antes do prazo estabelecido pela lei. Neste momento, em função da conjuntura nacional, da crise, da recessão, da diminuição das receitas por conta da redução da atividade econômica, nós resolvemos pagar adiantado uma parte, e a outra parte dentro do que estabelece a lei. Ou seja, no quinto dia útil do mês seguinte. Se fizemos isso foi porque não vimos outra alternativa a não ser essa. E fizemos considerando que os servidores continuarão recebendo em dia. Os servidores antes recebiam o 13º por volta de fevereiro, março, no ano seguinte. No nosso governo a gente antecipa o 13º. Agora, quando a gente tem a necessidade por falta de dinheiro, por conta da crise nacional, tivemos de fazer uma divisão do pagamento entre o adiantado e o que estabelece a lei. Nunca os servidores tiveram tantos aumentos quanto nos nossos governos. É bom lembrar que no governo Alcides, durante cinco anos, os servidores ficaram sem nenhuma data-base paga e nenhum piso salarial dos professores pago.

140 dias de governo
Acho que nós estamos um pouco acima da média do Brasil. Temos Estados extremamente desgastados do ponto de vista de finanças, Estados com muitos problemas, nós estamos vivendo uma situação econômica grave no País, no governo federal. Nós também vivemos uma situação de muita dificuldade, mas acho que, se compararmos Goiás com os outros Estados, nós estamos em uma situação melhor. Exatamente porque ao longo do tempo nós temos feito o nosso dever de casa.

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