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Mais de 100 mil moradores fugiram para países vizinhos

Mais de 100 mil moradores do Burundi fugiram para os países vizinhos desde o início da violência pré-eleitoral em abril, anunciou ontem a Organização das Nações Unidas (ONU), dois dias depois de uma tentativa de golpe de Estado no país africano.

Karin de Gruijl, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), disse que quase 70,2 mil pessoas fugiram para a Tanzânia, 26,3 mil para Ruanda e perto de 10 mil procuraram refúgio na região do Kivu do Sul da República Democrática do Congo. O número total é mais do que o dobro divulgado pelo Acnur há uma semana.

“Sobretudo na Tanzânia, o número subiu acentuadamente nos últimos dias”, disse a porta-voz, apresentando dados das autoridades locais de imigração que dão conta de mais de 50 mil refugiados vivendo com dificuldade na pequena aldeia de Kagunga, nas margens do Lago Tanganica.

“Há também informações de que pelo menos 10 mil pessoas estão à espera para atravessar a fronteira para a Tanzânia”, adiantou Gruijl.

Na quarta-feira (13), houve uma tentativa para derrubar o presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza. Os líderes da tentativa de golpe foram detidos ou fugiram. O Burundi vive uma crise política iniciada com tentativa do atual presidente de se candidatar a um terceiro mandato.

Os opositores consideram um terceiro mandato anticonstitucional, mas o tribunal que fiscaliza a aplicação da Constituição o considerou legal. As eleições presidenciais no Burundi estão marcadas para 26 de junho, um mês depois das legislativas e municipais.

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