Home / _

_

Audiência vai decidir destino de primeiro menor apresentado pela polícia por envolvimento na morte de Jaime Gold

RIO - O primeiro menor apresentado pela Divisão de Homicídios como responsável pela morte do médico Jaime Gold, em maio, na Lagoa, poderá ganhar a liberdade nesta quarta-feira. O adolescente e os outros dois jovens suspeitos de envolvimento com o crime vão participar, nesta quarta-feira, de uma audiência de instrução para produção de provas, na qual estarão presentes testemunhas de defesa, representantes do Ministério Público e a Defensoria Pública. Os menores permanecem sob os cuidados do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase).

A audiência dos menores será realizada a partir das 13h pela juíza em exercício na Vara da Infância e da Juventude da Capital, Michelle de Gouvêa Pestana Sampaio. Um dos advogados do primeiro menor apreendido, Djefferson Amadeus, disse que a defesa vai manter o argumento de que o menor é inocente e que ele estava em uma favela do Complexo de Manguinhos.

— Vamos pedir a liberdade dele oralmente, mas o que vai acontecer dependerá do entendimento da juíza — disse Amadeus informando que a defesa também impetrou um habeas corpus (pedindo a soltura do adolescente) que ainda não foi julgado.

O GLOBO teve acesso às informações da convocação de algumas das testemunhas. São elas: a delegada Monique Vidal, titular da 14ª DP (Leblon), que afirmou que a testemunha ouvida na noite do crime disse que “não tinha condições de reconhecer ninguém”; o advogado Rodrigo Mondego, que acompanhou o segundo menor apreendido à delegacia, o frentista que apontou o primeiro menor com o autor do crime e o subsecretário de Proteção Social Especial, da Secretaria municipal de Desenvolvimento Social, Rodrigo Abel, que acompanhou o segundo suspeito da morte do ciclista à delegacia.

No início deste mês, a investigação da Divisão de Homicídios sobre a morte do médico foi colocada em xeque. Um terceiro adolescente se entregou à polícia e confessou ter participado do ataque juntamente com um outro menor, de 15 anos, que também havia se apresentado e confessado. O terceiro menor apreendido disse que o primeiro adolescente apresentado como culpado não teve qualquer participação no caso.

— A nossa crítica não é contra a Polícia Civil, mas sim pelo modo em que a delegada Patrícia Aguiar (adjunta da DH) conduziu a investigação. Uma vez comprovada a inocência do nosso cliente, vamos entrar com ação indenizatória contra o estado por danos morais e materiais — adiantou Amadeus.

Leia também:

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias