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Centrais criticam progressividade em nova regra de aposentadoria

SÃO PAULO. As duas principais sindicais do país, a Força Sindical e CUT, criticaram a progressividade prevista na medida provisória do governo federal que institui a regra 85/95 para aposentadorias.

A CUT, central ligada ao PT que que havia ameaçado ir às ruas contra o governo se a presidente Dilma Rousseff vetasse o projeto aprovado no Congresso que flexibilizava o fator previdenciário, disse considerar a medida “um avanço”, apesar dos problemas na progressividade.

“Para a CUT, a Medida Provisória 676/2015, que institui a fórmula 85/95 para concessão de aposentadorias, é um fruto da mobilização da classe trabalhadora. A CUT luta, desde 1998, contra o fator previdenciário, que forçava os trabalhadores a atrasar as aposentadorias e reduzir os valores dos benefícios em até 40% para os homens e 50% para as mulheres”, afirma nota da central sindical, que participou da elaboração da fórmula em 2007.

Pelo regra, os homens, cuja soma da idade e do tempo de contribuição atingir 95, e as mulheres, cuja a som atingir 85, passam a ter direito à aposentadoria integral.

A Medida Provisória do governo estabelece que a pontuação necessária para obter o benefício integral subirá um ponto a cada dois anos, a partir de janeiro de 2017. Na avaliação da CUT, essa progressividade não tem sua efetividade comprovada.

"O modelo de progressividade incluído na MP 676, no entanto, não resolve as contas da Previdência Social e, entre 2017 e 2022, atrasará o acesso dos trabalhadores à previdência", diz a CUT.

Já a Força Sindical foi mais dura nas críticas e prometeu se reunir com líderes dos partidos no Congresso para pressionar pela derrubada do veto da presidente ao projeto que estabelecia a regra 85/95 sem progressividade. A central acusa o governo de promover um reforma da Previdência fatiada por meio de pequenas mudanças, que nada estão trazendo de benefícios aos trabalhadores.

- Isso é uma mini reforma para chegar na frente em aposentadoria por idade - acusa Miguel Torres, presidente da Força.

O presidente da central disse que a expectativa de vida dos brasileiros cresce dois meses por ano.

- Se houvesse uma revisão, a cada cinco anos, tudo bem. Mas de dois em dois anos, não tem sentido - afirma Torres.

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