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Cuba pode pedir conselhos financeiros a Strauss-Kahn

PARIS — O retorno político do ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn à cena pública pode passar por Cuba. Segundo informações da agência italiana Ansa, o homem pensou em disputar a Presidência da França e foi impedido por escândalos sexuais é, agora, um nome requisitado para se tornar conselheiro econômico do líder cubano Raúl Castro.

Strauss-Kahn diz que já está vacinado contra a política e dá a entender que não entrará novamente no ramo. Contudo, fontes fiéis afirmam que, em poucos dias, após uma viagem a Moscou onde dará conselhos econômicos a clientes russos, o ex-diretor do FMI embarcará em um avião com destino a Havana.

As autoridades cubanas teriam pedido sua ajuda para refletir sobre novos mecanismos econômicos e legislativos para a reconstrução da ilha. A ideia é que a experiência de Strauss- Kahn garanta que o governo de Raúl Castro não caia na armadilha de domínio econômico dos Estados Unidos. Mas as apostas de um futuro de DSK em Cuba, por enquanto, não passam de especulações.

Na última sexta-feira, a corte francesa absolveu Strauss-Kahn de proxenetismo (exploração de prostituição), após quatro anos de processo, que incluía acusações de tentativa de estupro, abandonadas em 2012.

De 2007 a 2011, o francês foi diretor do FMI e, antes, tinha exercido o cargo de ministro da Economia do governo socialista de Lionel Jospin. Suas acusações na Justiça acabaram com as chances de se tornar candidato à Presidência da França em 2012, quando parecia ser o favorito ao cargo, e acabou sendo expulso do Partido Socialista. As chances de exercer algum cargo importante na França, atualmente, são poucas.

Na maior parte do tempo, o ex-chefe do FMI permanece no Marrocos, na cidade de Marrakech, onde comprou uma casa que é sua base para se locomover para qualquer parte do mundo onde seus conselhos sejam requisitados. A princípio, a proposta em Cuba parece ser apenas uma hipótese. Antes de ser levada adiante, Strauss-Kahn ainda precisaria resolver sua própria lacuna financeira, de vários milhões de euros, segundo a Ansa.

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