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Dilma deve vetar alternativa ao fator previdenciário, diz ministro do Trabalho

SÃO PAULO — O ministro do Trabalho, Manoel Dias, confirmou nesta terça-feira que a presidente Dilma Rousseff deve mesmo vetar medida aprovada pelo Congresso Nacional que prevê uma alternativa ao fator previdenciário. Em contrapartida, disse ele, o governo apresentará uma nova proposta.

— Porque não adianta na aprovar um medida que passou pelo Congresso, mas que cria problemas lá na frente — disse Dias, sobre os desequilíbrios que a flexibilização do fator previdenciário causaria às já deficitárias contas da Previdência social.

Convidado a participar da abertura do 3º Congresso da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em São Paulo, Dias ouviu do presidente da central sindical, Ricardo Patah, que se Dilma realmente vetar a proposta do Congresso todo o movimento sindical romperá as relações com o governo.

— O trabalhador não tem que ser penalizado por uma decisão da equipe econômica, que está pressionando a presidente a vetar a medida. Se ela vetar, todas as centrais sindicais deixarão o diálogo com o governo — disse o dirigente.

Ao cumprimentar o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, quando este chegava ao evento, Patah pediu que ele intercedesse junto à presidente contra o veto.

— E você acha que ela vai me ouvir — retrucou Kassab ao anfitrião.

Em seguida, Kassab, desconversou e disse que não poderia opinar sobre algo que foge ao escopo de seu ministério. Ele disse acreditar, no entanto, que a presidente aprovará "o que for melhor para o Brasil e para os aposentados".

Kassab corrigiu também uma informação dada pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias, de que a terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida seria lançada na próxima semana. Kassab confirmou a previsão de Dilma e anunciou que o lançamento será apenas em agosto.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmim, que também participou da abertura do congresso da UGT, disse que se a presidente Dilma vetar o fim do fator previdenciário, deverá apresentar uma outra solução para o tema.

— É uma matéria que demanda muito estudo, uma análise profunda dos dados. O congresso aprovou, só deve vetar se tiver uma alternativa — afirmou o governador.

Alckmim disse ainda que é muito cedo para se lançar candidato à presidência. Segundo ele o momento agora é de ajudar.

— Vivemos uma ‘policrise‘. Uma grave crise política, financeira, orçamentária e de ética. É um momento difícil. Um dos caminhos é o investimento, principalmente em infraestrutura e logística.

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Dias disse ainda que o governo levará adiante o Plano Nacional de Emprego (PNE), que prevê mecanismos negociados entre empresas e sindicatos para preservar o nível de emprego em períodos de recessão, como o atual momento econômico.

Segundo Dias, a agenda de um fórum de debate entre empresas, sindicatos e governo para definir as regras do PNE será divulga nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho.

— Não tem razão para não ser aprovado, pois há consenso entre todas as partes e (o PNE) é uma alternativa para a preservação do emprego — disse Dias, acrescentando que a medida deverá ser encaminhada para aprovação do Congresso na forma de Medida Provisória (MP).

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