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Gente do Rio: Teatrinho para um só espectador

É um show encenado apenas para uma pessoa de cada vez. A sensação, pretendida pelo diretor da peça, o ator e artista plástico Sérgio Biff, de 54 anos, é oferecer ao espectador a sensação de abrir a janela e ver uma cena com vizinhos famosos: Cartola e a mulher, Dona Zica, além de Nelson Sargento e Nelson Cavaquinho. O desenrolar dessa história no Morro da Mangueira pode ser acompanhado pela ocular de uma caixa de madeira. É o teatro lambe-lambe com a peça “Zicartola — Bem na foto”, contada com marionetes, música e humor.

— É uma arte feita de sucata. É com isso que tento emocionar as pessoas — conta Sérgio.

A modalidade teatral surgiu em 1989 com as animadoras baianas Denise Santos e Ismine Lima. Elas se inspiraram na caixa do fotógrafo lambe-lambe para criar um espetáculo único.

— O combinado é o artista criar em dois minutos uma cena para o público, uma pessoa. Daí passou a ser o caixeiro viajante. As pessoas me conhecem hoje como o homem das caixas, o Gepeto (nome do personagem criador de Pinóquio) — explica o ator, que mora em Santa Teresa, que tem três filhas e terminou um casamento há três anos.

Sérgio começou aos 13 anos fazendo miniatura.

— Passei a criar esculturas no giz. Depois, passei para argila e madeira. Montei uma oficina de cenografia em madeira.

No começo da carreira, Sérgio, que queria fazer os outros rirem, era alvo de piadas. Gritavam, quando passava, coisas do tipo: ‘Vai brincar de bonequinho?’

— Sempre fui visto como ovelha negra por buscar este caminho. Enfrentei muita barra — conclui ele, para quem o esforço valeu a pena. Hoje é uma das atrações da Feira de Antiguidades do Rio, na Rua do Lavradio, no primeiro sábado de cada mês.

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