Home / Cotidiano

COTIDIANO

Homem apontado como operador da Odebrecht em esquema é procurado pela Interpol

SÃO PAULO - Apontado pela Polícia Federal como operador do esquema de corrupção na Odebrecht, o economista Bernardo Freiburghaus, de 47 anos, entrou para a lista de procurados pela Interpol, a polícia internacional. Se entrar em um dos 181 países que fazem parte da rede internacional, ele será preso. Outros brasileiros que fazem parte da lista, chamada de difusão vermelha, são o deputado federal Paulo Maluf (PP) e seu filho, Flávio.

Freiburghaus seria o responsável por lavar o dinheiro do esquema irregular por meio de contas bancárias no exterior. No documento que embasa os pedidos de busca e apreensão, a Polícia Federal compara a atuação de Bernardo à do doleiro Alberto Youssef, classificando ele como “operador de propinas e de lavagem de dinheiro para a Odebrecht”. Ele já havia sido alvo da nona fase da Operação Lava-Jato, deflagrada em 5 de fevereiro e chamada de “My Way”.

— Desde a nona fase da Operação Lava-Jato, ele é considerado foragido. Durante a operação para nós ficou caracterizado que ele deixou o país em funcção disso (da investigação), conrtou laços aqui e se fixou na Suíça — disse o delegado da PF Igor Romário de Paula.

Bernardo é dono da empresa Diagonal Investimentos, com sede no Rio. A empresa, segundo a investigação, fazia a intermediação da abertura de contas e investimentos no exterior. Na decisão que autorizou a operação desta sexta-feira, o juiz Sergio Moro escreveu que “no caso da Odebrecht, há registro de pontuais interferências na colheita da prova por pessoas a ela subordinadas ou ligadas. (...) O operador por ela contratado para o repasse da propina e lavagem de dinheiro, Bernardo Schiller Freiburghaus, destruía as provas das movimentações das contas no exterior tão logo efetuadas e, já no curso das investigações, deixou o Brasil, refugiando-se no exterior, com isso, prejudicando a investigação em relação as condutas que teria praticado para a Odebrecht.”

O procurador Carlos Fernando Lima também comparou a atuação de Bernardo com a de Alberto Youssef:

— Temos profissionais no Brasil de lavagem de dinheiro, temos diversas empresas e elas têm pessoas de sua confiança. Bernardo fazia esse trabalho para Odebrecht, assim como YOussef fazia para a Camargo Correa e Fernando Baiano para a Andrade Gutierrez. É uma questão negocial.

O GLOBO não conseguiu contato com a advogada Fernanda Telles, que, ao longo do processo, se apresentou como a defensora de Bernardo.

Leia também:

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias