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Imprensa internacional destaca ‘ataque’ a delegação brasileira na Venezuela

RIO — A viagem de oito senadores brasileiros à Venezuela na quinta-feira ganhou destaque na imprensa internacional após o grupo ser hostilizado e atacado por manifestantes pró-governo logo depois de desembarcar em Caracas. A comitiva, liderada por Aécio Neves (PSDB), retornou no mesmo dia ao Brasil, sem realizar o que havia planejado: visitar na cadeia o líder opositor Leopoldo López e pressionar o presidente Nicolás Maduro pela definição de data para as próximas eleições.

A BBC destacou que o Ministério das Relações Exteriores do Brasil vai procurar uma explicação de Caracas e chamou atenção para o silêncio do governo venezuelano, que ainda não se pronunciou sobre o incidente. A rede britânica reproduziu ainda um tuíte do senador Ronaldo Caiado (DEM), relatando que a van da comitiva ficou sob cerco, com manifestantes lançando pedras.

A viagem do ex-presidente do governo espanhol Felipe González à Venezuela no início deste mês também foi recordada pela BBC. Assim como os senadores brasileiros, González deixou o país antes do esperado após não receber permissão para visitar López, preso há mais de um ano na prisão Ramo Verde.

O jornal “El País” ressaltou o imbróglio causado no Brasil com o episódio. Parte da comitiva acusou a representação brasileira em Caracas de não ter prestado a devida assistência ao grupo, o que foi rechaçado pelo Ministério das Relações Exteriores. A chancelaria assegurou que foi a própria embaixada brasileira em Caracas que forneceu transporte para a delegação.

O jornal espanhol detalhou ainda que os parlamentares tiveram de abortar até duas vezes a missão pois sofreram assédio de chavistas que se opunham à visita e também pelo fato de que a via que liga o aeroporto à prisão estava bloqueada por obras.

“Uma testemunha no local disse que um grupo de cerca de 40 pessoas, vestidas com camisas vermelhas ou alusivas ao chavismo, aproximaram-se do veículo, golpearam com as mãos e gritaram palavras de ordem em honra ao falecido Hugo Chávez”, escreveu o diário espanhol, ressaltando que os senadores temeram por sua segurança.

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