Home / Cotidiano

COTIDIANO

Odebrecht: suspeitas sobre documentos mantidos pelo Itamaraty são infundadas

SÃO PAULO - O presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, afirmou que as suspeitas lançadas sobre os contratos que ligariam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à empresa, mantidos sob sigilo pelo Itamaraty, são infundadas. Reportagem do GLOBO, da última sexta-feira, mostrou que o Itamaraty tentou impedir a divulgação dos documentos, já que eles causariam embaraço ao ex-presidente. Mais tarde, o Ministério das Relações Exteriores decidiu pela divulgação das informações.

- Não tem nada de ilegal ou imoral, mas se lançou suspeita sobre os contratos, que até os diplomatas ficaram constrangidos. O que há de errado em o governo dar apoio a empresas que atuam no exterior? - questionou Odebrecht.

Ele disse que também não vê nada de errado em ex-presidentes, como Lula e Fernando Henrique Cardoso, em fazerem palestras no exterior, defendendo o Brasil. Lula é investigado por ter viajado ao exterior, inclusive Cuba, com passagens pagas pela construtora.

- Não tem nada de errado que ex-presidentes façam viagens ao exterior defendendo o país - disse Odebrecht.

Odebrecht disse que achou 'ótimo' que o Itamaraty decidisse divulgar os documentos que relacionam a construtora e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

- Eu queria aproveitar e agradecer publicamente a iniciativa do GLOBO e da revista Época de pedir essas informações ao Itamaraty. Eu só peço uma coisa. Que da mesma maneira que foi divulgado que essas informações não seriam públicas, quando se comprovar que não houve nenhum apoio imoral ou ilegal, que vocês deem a mesma ênfase, mas com a seguinte linha: O Brasil apoio pouco a Odebrecht e as outras empresas no exterior - disse o executivo.

O presidente da construtora disse que incentivou a criação da CPI do BNDES para mostrar que não há nada de errado. Mas foi informado que os resultados só apareceriam daqui a três anos e nesse período do BNDES ficaria parado.

- Já há órgãos de controle suficientes, como o Tribunal de Contas bda União (TCU). A CPI vai acabar paralisando o banco - disse ele.

Leia também:

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias