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Palocci é alvo de inquérito da Operação Lava-Jato

SÃO PAULO - O ex-ministro Antonio Palocci está sob investigação da Polícia Federal por suspeita de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos ou valores oriundos de corrupção. A informação foi confirmada nesta segunda-feira pela Justiça Federal do Paraná.

O inquérito foi aberto pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, em despacho de 14 de abril, após o ministro Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter enviado à Justiça Federal do Paraná um pedido para que fosse investigada a doação R$ 2 milhões para a campanha à eleição da presidente Dilma Rousseff em 2010. Palocci era coordenador da campanha.

Palocci foi citado em depoimento de delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em dezembro de 2014. Ele disse que mandou o doleiro Alberto Youssef pagar R$ 2 milhões a Palocci, para serem usados na campanha petista.

- Autorizei Youssef a fazer o pagamento. Mas quem me trouxe esse assunto foi Youssef quem operacionalizou foi Youssef. Não tive nenhum contato nem com o Palocci e muito menos com a Dilma sobre esse fato. Isso tudo veio pelo Youssef - disse Costa em depoimento registrado na Justiça Federal.

Youssef, porém, também em depoimento de delação premiada, negou ter repassado qualquer quantia a Palocci. O doleiro afirmou que Costa deve ter confundido o doleiro que fez o pagamento.

Palocci foi ministro da Fazenda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministro da Casa Civil na gestão de Dilma. Era um dos coordenadores da campanha do PT à Presidência e mantinha um escritório de consultorias.

O ex-diretor da Petrobras disse ter conhecido Palocci em 2004, quando o ex-ministro integrava o Conselho de Administração da estatal. Na época, Palocci, era ministro da Fazenda. Segundo Costa, o dinheiro a ser repassado a Pallocci, que não estava mais no governo, pertencia à cota do PP no esquema de desvios de recursos da Petrobras. Segundo ele, a parte do PP correspondia à Diretoria de Abastecimento da Petrobras.

A presidente Dilma não é alvo da investigação. O GLOBO procurou o advogado do ex-ministro, Roberto Batochio, mas ele não foi localizado. Ao G1, o advogado disse que a notícia era "requentada".

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