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PF pede abertura de inquérito contra governador de Minas Gerais ao STJ

BRASÍLIA — A Polícia Federal pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) abertura de inquérito para apurar suposto envolvimento do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), com lavagem de dinheiro. Caberá ao ministro Herman Benjamin, relator do caso, decidir se acolhe ou não o pedido da PF. O pedido tem como base a Operação Acrônimo, investigação sobre suposta lavagem de dinheiro do empresário Benedito de Oliveira, o Bené. O empresário atuou na campanha eleitoral que resultou na vitória de Pimentel, ano passado.

Entre os investigados na operação também estão a mulher do governador, a jornalista Carolina Oliveira Pimentel. Carolina tinha uma empresa, a Oli Comunição e Imagens, no mesmo endereço da PP & Participações Patrimoniais, de Benedito Oliveira. Segundo a polícia, o empresário usou várias empresas, algumas supostamente só de fachada, para camuflar a movimentação de dinheiro de origem não declarada. Oliveira e um grupo de auxiliares foram detidos com R$ 113 mil em espécie, depois de participarem da campanha de Pimentel ano passado.

Eles foram presos em Brasília, quando retornavam à cidade em um avião que está em nome de uma das empresas de Oliveira. Como não explicaram a origem do dinheiro, a PF abriu inquérito para apurar de onde saíram os recursos. Ao longo das investigações sugiram indícios, que para a polícia vinculam o governador a movimentações financeiras suspeitas de Oliveira. A polícia fez um relatório sobre o assunto e recomendou o envio do caso ao STJ. Cabe ao tribunal deliberar sobre investigações de governadores.

Chamado a opinar sobre o assunto, um dos quatro procuradores que atuaram no caso se manifestou a favor do pedido de investigação de Pimentel. O juiz decidiu, então, remeter os autos ao STJ. Até então, o caso tramitava na 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília.

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