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Sem mencionar ‘pedaladas’ fiscais e prisões de executivos, Dilma aposta em ‘agenda do futuro’

CAMAÇARI (BA) – Sem mencionar as “pedaladas fiscais” nas contas do governo, apontadas como irregularidades pelo Tribunal de Contas da União, , na 14ª fase da Lava Jato, a presidente Dilma Rousseff foi otimista ao discursar na tarde dessa sexta, na nova fábrica da Basf, no Pólo Petroquímico de Camaçari, em Salvador. Acompanhada do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, Dilma elogiou a iniciativa da empresa alemã, que investiu R$ 2 bilhões na nova unidade e assinalou que o empreendimento Basf “se integra plenamente na agenda de futuro desse país”.

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Essa agenda, explicou, se traduz em uma série de ações que o Governo Federal adotou e vai adotar , segundo ela, para estimular o crescimento. Além do pacote de concessão de portos, rodovias e aeroportos, Dilma citou o Plano Agropecuário lançado no ano passado com um volume de recursos 20% maior que o anterior. A presidente também disse que divulgará o Plano Safra da Agricultura familiar, na próxima segunda-feira, com aumento de 20% nos recursos.

— Outro plano importante que será lançado nos próximos dias é o Plano Nacional de Exportação, construído em consulta com o setor produtivo e vai ajudar a melhorar ainda mais, dar um arranco nas nossas exportações — disse.

A presidente também citou a nova etapa do Minha Casa Minha Minha Vida:

— Com o Minha Casa 1 e 2 temos 3,750 milhões de casas construídas. Vamos lançar no segundo semestre, no 'inicinho' de agosto, o Minha Casa Minha Vida 3. Vamos agregar mais 3 milhões de moradias até 2018”.

Toda essa “agenda de futuro” passa, contudo, pelos ajustes fiscais que Dilma disse ter pressa para ser aprovado no Congresso Nacional:

— Ajustes que tem que ter um prazo, o mais rápido possível para ocorrer. E ai eu digo para vocês que todo o empenho do Governo Federal é que nós consigamos aprovar nesse mês de junho - com a grande parceria com os deputados federais e senadores - os três projetos que nós enviamos para o Congresso. Dois já aprovados e um ainda em aprovação.

Para a plateia de executivos da Basf e outras empresas do pólo petroquímico baiano, ela detalhou:

— Esses ajustes são para quê? Para equilibrar as contas públicas. E quanto mais rápido eles ocorrerem, melhor. Porque nós não queremos que nada interrompa o processo de desenvolvimento do País. Nenhum ajuste tem um fim em si mesmo. Ele é feito para fornecer os elementos para que a gente possa expandir e voltar a crescer aceleradamente, fortalecendo todas as bases de crescimento do Brasil, corrigindo o que tem que ser corrigido, mudando o que tem ser mudado. E sobretudo, simultaneamente olhando para o crescimento econômico. Por isso acredito que aprovar os ajustes é também um estímulo para tudo que nós estamos fazemos – já fizemos – e que estaremos fazendo nas próximas semanas quando se trata de ampliar investimentos”.

Dilma e Joaquim Levy deixaram a fábrica da Basf logo após a solenidade de inauguração sem dar entrevistas.

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