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Vaticano assina primeiro acordo oficial reconhecendo o Estado palestino

O Vaticano assinou nesta sexta-feira o primeiro acordo com o chamado Estado Palestino, marcando o reconhecimento do país pela Igreja Católica. O documento ainda pediu “decisões corajosas” para acabar com o conflito israelense-palestino e apoiar uma solução entre os dois Estados, e foi criticado por Israel.

Negociado por 15 anos, o acordo regulamenta e fomenta as atividades da Igreja Católica nas áreas controladas pela Autoridade Palestina. Na prática, o tratado representa mais um impulso aos esforços do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, em busca de reconhecimento internacional.

Ministro de Relações Exteriores do Vaticano, o arcebispo Paul Gallagher disse durante a assinatura que esperava que ela servisse como “um estímulo para trazer um fim definitivo para o longo conflito israelense-palestino, que continua causando sofrimento para ambos lados”. Já o chanceler palestino, Riad Al-Malki, disse esperar que o acordo ajude no reconhecimento do direito do povo palestino “à autodeterminação, liberdade e dignidade em um Estado independente, livre das algemas da ocupação”.

Em 2012, o Vaticano deu boas-vindas à decisão da Assembleia Geral da ONU de aprovar a ANP como Estado observador não membro. Em fevereiro de 2013, utilizou pela primeira vez a expressão “Estado da Palestina”. No mês passado, o Papa Francisco e o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, se reuniram no Vaticano. Muito elogiado pelo pontífice, o líder palestino mostrou confiança em conseguir avançar nos diálogos de paz com o reconhecimento da Santa Sé.

A medida também ajudou a confirmar o papel atuante do Vaticano na política externa, muito aplicado durante o papado de Francisco. No ano passado, o Vaticano participou da retomada de laços diplomáticos entre Estados Unidos e Cuba.

Por sua vez, o acordo desagradou abertamente Israel, que o chamou de “um passo precipitado que danifica as perspectivas de avanço para um acordo de paz”. Em comunicado, Israel também disse que ele poderia “criar problemas com suas futuras relações diplomáticas com o Vaticano”.

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