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GCM mobiliza comunidade contra uso do cerol e da linha chilena

A Guarda Civil Metropolitana (GCM) lançou, no último dia 19, a campanha "Pipas Sem Cerol" para conscientizar as pessoas sobre os riscos do uso do cerol e da linha chilena em uma brincadeira considerada saudável e acessível, mas que pode se tornar perigosa quando praticada de forma imprudente.
Em sua 8ª edição, a campanha ocorre até o dia 20 de agosto. O comandante da GCM, Elton Ribeiro de Magalhães, explica o motivo da data de início e término da mobilização. "Ela é lançada em junho, período que antecede o início das férias, para que seja feita a conscientização de crianças e adolescentes em escolas e Cmeis. A campanha se estende até agosto, porque nesse mês geralmente ocorre muita ventania", ressalta.
 A campanha é realizada em diversos bairros da capital em locais estratégicos como escolas, Cmeis, parques e instituições religiosas. Para o alerta, são desenvolvidas atividades como a promoção de oficinas de pipas, campeonato de pipas, palestras e atividades lúdicas.
Segundo o comandante, a Guarda Civil Metropolitana, além de realizar o trabalho de conscientização, também faz apreensões de pipas com cerol ou linha chilena. "Existe uma lei municipal que proíbe o uso do cerol e prevê até aplicação de multa. Nosso objetivo inicial é fazer a orientação. Quando se constata o uso desse produto, é registrada uma ocorrência seguida de informações para conscientizar, mas, se a pessoa insistir em usar o produto e for flagrada novamente, será multada", afirma.
Elton ressalta que insistir no uso do cerol e da linha chilena é um ato considerado crime. "Se a pessoa for flagrada usando o cerol, ela pode ser enquadrada no crime de perigo para vida ou saúde de outra. Já aquelas que vendem o cerol ou a linha chilena serão autuadas por comercializar produtos impróprios para o consumo", pontua.
Mortes:
Na última quinta-feira, um homem de 60 anos morreu após ser atingido por uma linha com cerol, na BR-153, em Goiânia. A vítima conduzia uma motocicleta. A pessoa responsável pela linha não foi encontrada pela polícia.Segundo Elton, essa foi a primeira morte registrada, em Goiânia, neste ano.
Além do homem de 60 anos, outras duas pessoas morreram vítimas de cerol, uma em Aparecida de Goiânia e outra em Itumbiara.Em Aparecida de Goiânia, uma pessoa ficou gravemente ferida e sobreviveu, porque a linha com material cortante atingiu o queixo da vítima.
Antena de Proteção:
O comandante ressalta que o uso da antena de proteção evita acidentes mais graves envolvendo o cerol. "Não foram registradas mortes de pessoas que utilizavam a antena. Quando a linha bate nela, o motociclista percebe e normalmente para o veículo. Em algumas ocorrências, a linha atinge outras partes do corpo, mas não chega ao pescoço", alerta.
Elton informa que apesar da proteção garantida pelo acessório, poucas pessoas fazem uso dele. "Menos de 20 por cento dos motociclistas usam a antena", pontua.O profissional ainda destaca a importância da antena. "Orientamos sempre o uso da antena de proteção, que tem salvado muitas pessoas. Ela tem um custo baixo e os motociclistas devem se proteger enquanto, infelizmente, ainda não temos a conscientização da sociedade, mesmo com todas as campanhas que ocorrem durante vários anos", analisa.
Linha Chilena:
 Enquanto o cerol é um preparo feito com caco de vidro, a linha chilena é industrializada e já vem preparada com pó de alumínio, conta o comandante. Ele afirma também que o material tem um potencial de corte 4 vezes maior que o do cerol e que inclusive é utilizado para cortar canos de PVC.
Segundo o comandante, a Guarda Civil flagrou, há duas semanas, uma pessoa comercializando a linha chilena. Ela foi detida e encaminhada para a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor.
Envolvimento da População:
Elton enfatiza que é preciso conscientizar a sociedade. A campanha "Pipas sem cerol" é de iniciativa da Prefeitura de Goiânia e realizada pela Guarda Civil Metropolitana e tem como objetivo alertar crianças, jovens e adultos sobre os perigos da utilização do cerol. "O material já é cortante e ainda deve ser considerado também a velocidade do veículo, mesmo que ela seja baixa - 60 Km por exemplo -, o impacto causa um corte muito profundo", ressalta.
O comandante orienta a população que, se acaso perceber alguém fazendo o uso do cerol e da linha chilena ou praticando a venda desses materiais, faça uma denúncia por meio do telefone 62 - 3524 8290.

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