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Chuvas causam mortes e deixam 2 mil pessoas desalojadas no Sul

As chuvas que atingem desde o fim de semana o Paraná, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul deixam dois mortos, vários feridos, pelo menos 2 mil pessoas desalojadas e casas destruídas em 120 cidades. Há 13 municípios em estado de emergência. Em Coronel Freitas, Oeste de Santa Catarina, uma mulher morreu arrastada pela correnteza junto com a sua casa. Na cidade de São Joaquim, também no mesmo estado, um rapaz de 19 anos foi atingido por um raio e morreu. Outras oito pessoas ficaram feridas.

Em Santa Catarina, rodovias do oeste do estado permanecem bloqueadas, de acordo com a Polícia Militar Rodoviária. Pelo menos 2.870 pessoas foram afetadas em 45 municípios. Há 2.384 casas danificadas. Em Saudades, quatro adultos e uma criança ficaram em cima de árvores à espera de ajuda. Em Chapecó, choveu quase a média esperada para todo o mês de julho e pelo menos dez bairros ficaram alagados. Na cidade de Joaçaba, um galpão desabou com a força do vento.

No Paraná, segundo o último boletim da Defesa Civil do estado, as chuvas que caem no estado desde o dia 10 de julho afetaram 21.263 pessoas, deixando 71 feridos e 234 desalojados em 42 municípios. A cidade de Francisco Beltrão foi atingida por um tornado na noite de segunda-feira, que deixou 15 feridos e pelo menos 60 casas destruídas. Cinco casas foram arrancadas pelo vento, que chegou a uma velocidade de 115 km/h. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural de Francisco Beltrão estima que os prejuízos no interior do município, área mais atingida, passem de R$ 5 milhões.

RIOS ENCHEM E FALTA ENERGIA ELÉTRICA NO RS

 No Rio Grande do Sul, 33 cidades registram problemas devido às cheias de rios e córregos e à falta de eletricidade. A prefeitura de Esteio decretou situação de emergência na tarde desta terça-feira após riachos transbordarem. A cidade da região metropolitana foi uma das mais atingidas pela chuva e em 36 horas o volume de precipitação chegou a aproximadamente 200 milímetros, 80 mm acima do total esperado para todo o mês de julho. Mais de 600 pessoas estão desabrigadas e 1,5 mil, desalojadas. As autoridades avaliaram que se trata da pior enchente desde a criação do município, há 60 anos.

De acordo com informações da MetSul Meteorologia, os rios Caí, dos Sinos, Taquari e Uruguai, assim como o Guaíba, se apresentam com níveis acima do normal e, em alguns casos, já invadem cidades ribeirinhas. Caso de Porto Mauá, na região Noroeste, onde o rio Uruguai transbordou depois de atingir marca de 10,7 metros.

Em Santa Maria, o telhado de uma loja voou e atingiu o terceiro andar da Câmara Municipal. Em Novo Hamburgo, a água invadiu mais de 400 casas, deixando 200 pessoas desabrigadas.

Na região metropolitana, as atenções se voltam para o rio dos Sinos. Em 24 horas, o volume subiu quase um metro e ameaça áreas ribeirinhas entre Campo Bom e Novo Hamburgo. Às 7h o nível do rio havia batido em 7 metros – apenas 80 centímetros menos do que a pior enchente da história na região, em 2008.

A falta de eletricidade também atinge o estado. Quase 20 mil famílias continuam sem fornecimento de energia. Na área da companhia AES Sul, 10 mil clientes estão sem luz. Em muitas cidades do Vale dos Sinos, a energia elétrica só será religada quando as águas baixarem – casos de Esteio, Montenegro, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Portão, Ivoti e Estância Velha.

Na área de concessão da RGE há 6,7 mil pontos sem energia. As regiões mais afetadas são o Norte e Nordeste do Estado, próximo aos municípios de Erechim e Frederico Westphalen. Na região do Vale do Paranhana há clientes sem luz nas cidades de Taquara, Nova Hartz , Riozinho e Rolante.

A tendência, segundo a MetSul, é de agravamento da situação nas próximas horas na região, já que segue chovendo nas nascentes e nos afluentes e há fluxo de água descendo do Oeste de Santa Catarina.

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