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Novo diretor buscará internacionalização do Instituto Nacional de Tecnologia

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil


O novo diretor do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Fernando Cosme Rizzo Assunção, que assumirá o cargo quarta-feira (2), disse hoje (31) que pretende internacionalizar e dar papel de destaque ao órgão dentro do sistema nacional de ciência e tecnologia. Professor do Departamento de Engenharia Química e Materiais do Centro Técnico-Científico da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, Rizzo terá mandato de quatro anos e tomará posse no Rio, em cerimônia presidida pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo.

Rizzo disse à Agência Brasil que a ideia é identificar quais funções de que o sistema de C&T precisa e qual delas caberia de forma adequada ao INT desempenhar. “Hoje em dia, todo mundo faz inovação, mas alguns aspectos podem não estar sendo cobertos”. Segundo o professor, o objetivo é definir em que as áreas o INT pode, de fato, “fazer diferença”. 

Dentro de sua visão de futuro, o instituto estabeleceu como meta tornar-se referência no Brasil em 2021, ano em que completará 100 anos de criação. Para o professor, essa referência virá de forma natural, no momento em que o INT for considerado foco de excelência. “Ele [INT] já é referência em algumas áreas”, afirmou Rizzo, que  pretende estimular outras áreas de atuação para que o instituto seja reconhecido como de excelência.

Segundo o professor, para chegar a isso, o caminho é a internacionalização. “Ele (INT) tem uma carteira de projetos muito rica, mas tem um olhar muito nacional”. Rizzo disse que, hoje em dia, quando uma empresa, mesmo brasileira, precisa resolver algum problema, ela não recorre ao vizinho. “Vai às vezes à Coreia, à Europa, vai procurar quem dê a solução”. Por isso, é importante inserir o INT no panorama internacional, promover e estreitar parcerias com outras instituições, além de intercâmbio de pesquisadores. Ele destacou que a meta é "implantar aqui as sementes" para que o INT tenha futuramente "uma internacionalização natural”. Ele pretende ainda vai estreitar a interação com universidades e centros de pesquisa do país, especialmente em áreas em que o INT “queira chegar ao topo”.

Atualmente, o INT tem ampla carteira de projetos em setores como corrosão, energia e desenho industrial, desenvolvidos em parceria com empresas públicas e privadas, entre as quais a Petrobras e a  Braskem. De acordo com Rizzo, um ponto positivo do sistema de ciência e tecnologia nacional é a boa aproximação entre indústrias e universidades na busca de inovação. Amanhã (1º), um grupo do INT participará de evento na Federação das Indústrias de Minas Gerais para conhecer indústrias locais e divulgar a carteira de projetos.

Renovação de pessoal

O professor ressaltou ainda que há necessidade de renovação de pessoal no INT, em cujos quadros há muitos servidores em vias de se aposentar. Segundo ele, há dificuldade de repor servidores por meio de concurso. O desafio é promover a renovação do quadro de pesquisadores, aproveitando a experiência dos que estão na ativa e trazendo jovens para o órgão, acrescentou.

Rizzo pretende incorporar à equipe novos valores, egressos do Programa Ciências sem Fronteiras, que “pudessem aprender com a experiência dos mais velhos”. Ele defende a realização de concurso público para o INT, mas reconhece que, na situação atual, é difícil.

Editor Nádia Franco

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