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Especialistas e autoridades discutem rumos para a educação

Os rumos da educação em Goiás foi tema de debate na cidade de Catalão na última semana. Durando o fórum do projeto Agenda Goiás, do qual o Governo de Goiás é parceiro, palestras do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), e da consultora na área educacional Wanessa Ferreira deram o tom do que Goiás pode vir a adotar na rede estadual de ensino.
Para o senador, que defende a federalização da educação básica, é preciso “transformar nossas escolas de carroças a naves espaciais”. Mas, segundo ele, mais importante de como fazer, precisamos pensar em porque fazer. “Se não fizermos ficaremos para traz no desenvolvimento econômico e social. O Brasil está ficando para trás em competitividade por que não inovamos. Somos um país que ainda vive uma servidão tecnológica”, afirmou.
No entanto, Cristovam não se opõe em momento algum à ideia da parceria público-privada que Goiás planeja implantar em sua rede. “Público não é sinônimo de estatal. Não importa a origem do financiamento se a o aluno não precisar pagar para frequentar uma escola que ofereça um ensino de qualidade”, disse.
O secretário de Gestão e Planejamento Thiago Peixoto, que comandou o salto educacional de Goiás entre 2011 e 2013, concorda com Cristovam e alerta que apesar de Goiás ocupar hoje o topo ranking nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Ensino Médio, não é hora para se acomodar. “Estamos no topo, mas se queremos continuar avançando precisamos discutir novos modelos de educação”, avaliou.
Para Thiago, o Brasil ainda tem um modelo educacional que engessa. “Temos professores altamente qualificados, alunos com potencial enorme e disposição em aprender, mas um sistema que atrapalha tanto o professor a ensinar quanto o aluno a aprender. Quando se aposta em modelos diferentes o resultado aparece. Temos que apostar que é possível algo novo”, ressaltou.

Entusiasmo
Em Catalão, o governador Marconi Perillo se mostrou bastante entusiasmado com a experiência na área da educação que surgiu nos Estados Unidos na década de 90, as chamadas “Charter Schools”. O modelo se parece muito com que o governo pretende implantar em Goiás com a gestão das Organizações Sociais (OS).
Para o governador, a parceria público-privada na Educação poderá, inclusive, contribuir para aumentar os salários dos professores. Além disso, ele acredita que o ensino em tempo integral também é um modelo a ser seguido pela rede estadual de ensino.

Foto:  Leopoldo Fernandes - Segplan Goiás

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