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Grito dos Excluídos no Rio critica manipulação da informação pela mídia

Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil


Após o desfile militar do 7 de Setembro, movimentos sociais saíram em passeata pela Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio, no 21º Grito dos Excluídos. A concentração começou às 9h na Rua Uruguaiana e a caminhada até a estátua de Zumbi dos Palmares partiu, por volta das 11h, com a participação de movimentos feministas, negros, indígena, de juventude, por moradia, educação, comunicação popular, sindicalistas, classistas e partidos de esquerda. Com a chuva, a passeata reuniu menos pessoas do que o costume, de acordo com os manifestantes.

O tema deste ano é Que País é Este que Mata Gente, que a Mídia Mente e nos Consome. Segundo o diretor da Central de Movimentos Populares, um dos organizadores do Grito dos Excluídos, Marcelo Edmundo, a finalidade é discutir a violência, a repressão e a manipulação da informação pela mídia.

Edmundo conta que o Grito dos Excluídos surgiu como um contraponto ao "momento de ufanismo" da época dos militares. "A gente está na rua desde então, a ideia do grito é mostrar o Brasil da miséria, o Brasil da necessidade, da falta de saúde, da falta de educação. Mostrar o que realmente esse país precisa e o que falta para a gente se transformar num grande país. Ele se transforma num grande país com saúde, com educação,  com cultura, com lazer, com moradia, com reforma agrária, é assim que nós vamos nos tornar grandes."

Edmundo reconhece que nessas duas décadas houve avanços sociais, porém, para ele, faltou uma reforma estrutural. "A direita, as elites daqui não suportam nem essas pequenas conquistas, quanto mais uma mudança mais estrutural, mais profunda que não só esse país, mas o mundo necessita."

Muitos soldados da Polícia Militar acompanham de perto a passeata, que ocorre pacificamente.

Editor Talita Cavalcante

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