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São Paulo contratará 500 agentes para auxiliar na prevenção da dengue

Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil


A Secretaria Municipal de Saúde realiza entrada compulsória em imóvel localizado no bairro do Flamengo. A atividade integra as ações da Prefeitura do Rio de combate à dengue em toda a cidade (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Eliminar criadouros do  Aedes aegypti  será uma das missões dos novos agentes Arquivo/Agência Brasil

O secretário de Saúde de São Paulo, David Uip, anunciou hoje (3) a contratação de mais 500 agentes de controle de endemias para auxiliar no trabalho de prevenção à dengue. O contrato será firmado pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) e terá validade de três meses, período considerado estratégico para a adoção de medidas preventivas para o próximo verão.

Os profissionais contratados vão trabalhar no bloqueio de casos e na eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

Os recursos serão de R$ 6 milhões, o que, somado ao que já se investiu este ano, chega a R$12 milhões. O efetivo de agentes será de mil pessoas em campo. Também foram comprados 150 atomizadores costais para aplicação de inseticidas, nove atomizadores acoplados em viaturas e 450 kits de equipamentos de proteção para os funcionários.

As informações foram divulgadas durante um encontro estadual para o qual foram convocados prefeitos e secretários de saúde dos 645 municípios paulistas. O objetivo foi alinhar todas os municípios e estabelecer estratégias conjuntas para o combate ao mosquito.

Segundo dados divulgados pela Secretaria, até agora, os 10 municípios paulistas com maior número de casos de dengue confirmados são: Campinas (61.483); Sorocaba (50.316); São Paulo (39.841); Guarulhos (20.147); São José do Rio Preto (16.824); Sumaré (14.459); São José dos Campos (14.290); Rio Claro (13.730); Limeira (11.285) e Catanduva (10.458). As dez cidades concentram 43% dos 589.192 casos confirmados no estado.

O secretário David Uip disse que o encontro foi convocado para antecipar o que o estado e os municípios deverão fazer nos próximos meses. Ele destacou a necessidade de toda a sociedade se envolver no trabalho. "Este é um embate muito difícil, porque a dengue veio para ficar, e o vírus não tem tratamento específico nem vacina disponível. Por isso, muito do que é feito depende da participação da sociedade. Estamos nos preparando para o que vier e iniciando isso pelo menos dois meses antes do que no ano passado”, afirmou o secretário.

Uip ressaltou que o Instituto Butantan já encerrou a segunda fase de testes e submeteu os resultados ao Ministério da Saúde e aos órgãos de ética do governo federal. “Esperamos que ela seja aprovada até o final de outubro para iniciarmos a fase 3, que engloba 20 mil voluntários no Brasil inteiro”. A estimativa é que a vacina só esteja disponível em 2017.

Editor Nádia Franco

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