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Secretário nega existência de grupos de extermínio em São Paulo

Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil


O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, disse hoje (2) que não existem indícios de grupos de extermínio agindo no estado. Moraes foi ouvido nesta quarta-feira na Comissão da Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), sobre as investigações da chacina do dia 13 de agosto, em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo.

Alexandre de Moraes, secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo

Para Alexandre de Moraes, não há nenhuma relação entre as chacinas ocorridas desde o começo do anoArquivo/Elza Fiúza/Agência Brasil

“Não há nenhuma relação entre as chacinas ocorridas desde o começo do ano. Não há indício ou prova em relação a isso. São fatos isolados e por motivação diversa, naquelas em que já foi possível atingir as motivações. Não temos nenhum indício de conexão entre as chacinas, consequentemente não temos indício de que há um grupo de extermínio atuando no estado”, disse.

O secretário detacou que ocorreram oito chacinas – quando três ou mais pessoas são mortas em ação coordenada – desde o início do ano no estado. Segundo ele, a polícia solucionou duas delas. Em outras duas, há apenas o retrato falado dos suspeitos. As demais não foram elucidadas.

As chacinas de Osasco e Barueri deixaram 19 mortos e seis pessoas feridas. De acordo com a secretaria, pelo menos dez criminosos participaram da chacina. Até o momento, apenas uma pessoa - um policial - foi preso.

Moraes também negou que a secretaria tenha exposto o nome de algumas das testemunhas que denunciaram a participação de policiais na chacina.

Conforme matéria publicada hoje no jornal Folha de São Paulo, pelo menos quatro testemunhas tiveram seus dados (nome, filiação, endereços residencial e comercial, telefones) divulgados no processo que tramita, sem qualquer sigilo, na Justiça Militar.

“O problema não foi da Secretaria da Segurança, da Polícia Militar ou da Polícia Civil. Instauramos a sindicância e não houve problema interno”, afirmou o secretário. Segundo ele, o vazamento pode ter ocorrido fora da alçada da secretaria, em cartórios. "Desde o início, todas as vítimas e testemunhas são avisadas antes dos depoimentos patra saber se preferem não ser identificadas", concluiu.

Editor Armando Cardoso

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