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Microcefalia: situação em Goiás

Nas últimas duas semanas, nove casos suspeitos de microcefalia foram registrados no Estado de Goiás. Destes, três apresentaram sintomas que podem ser decorrentes do zika vírus nas cidades de Montividiu, Pirenópolis e Rio Verde. O secretário Estadual de Saúde, Leonardo Vilela afirma que os outros seis continuam sendo investigados, mas que nenhum deles até agora foi confirmado como tendo ligação ao vírus.

Ele ainda afirmou em uma coletiva na quarta-feira (02), que Goiás ainda não apresenta nenhum caso realmente confirmado de microcefalia ligada ao vírus e que os três casos suspeitos estão sendo investigados.

Ainda sobre as três ocorrências, o secretário diz que as mães dos três bebês apresentaram manchas no corpo, febre e outros sintomas comuns ao zika. Porém ressaltou que tais sintomas podem ter relação com tipos diferentes de vírus e que, porque em nenhum dos casos teve diagnóstico ainda durante a gravidez, deve-se esperar o crescimento das crianças ou mesmo o surgimento de novos testes que possam explicar a má formação.

O secretário explica que para o diagnóstico do zika vírus nas mães dos bebês ter acontecido, as pacientes teriam que ter sido examinadas nos primeiros 5 dias de sintomas, e que o exame complexo só é feito no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.

Microcefalia


A doença é rara e causa má formação do crânio da criança, fazendo com que ele tenha tamanho igual ou menor que 33 centímetros. As causas da microcefalia podem ser diversas, alguns casos ocorrem devido a genética dos pais; uso de álcool e drogas durante a gestação; infecções e, como recentemente descoberto, através do Zika vírus - da mesma família do vírus da dengue -, que é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti.

Os casos de microcefalia entre 2010 e 2014 foram um total de 781 em todo o país, mas em 2015 tiveram um crescimento alarmante somando 1.248 registrados pelo Ministério da Saúde até o fim do mês de Novembro.

Zika vírus


De acordo com o Ministério da Saúde, em Goiás foram registrados 22 casos de Zika vírus, 11 já descartados, e outros 11 em investigações. Os exames são realizados em São Paulo pelo Instituto Adolfo Lutz, que se tornou a unidade referência para o agravamento dos casos.

Medidas


O secretário de Saúde de Goiás anunciou que serão entregues cerca de 350 bombas costais para o combate ao Aedes Aegypti e mais um investimento para pesquisas e exames laboratoriais no valor de R$ 800 mil.

Leonardo Vilela disse também que o Hospital Materno Infantil (HMI) será a principal unidade para receber os casos de microcefalia que possam ter ligação com o Zika vírus. Assegurou também que todas as ações de prevenção estão sendo tomadas no momento e que é importante que se tenha conhecimento de que dentre os casos de microcefalia já diagnosticados, nenhum apresenta confirmadamente ligação com o Zika Vírus.

Ele ressalta que a melhor maneira de evitar as doenças como a dengue e o Zika vírus é combatendo o mosquito transmissor, com cuidados caseiros e pulverizações costais mais freqüentes nos municípios. Ele alerta ainda que 80% dos criadouros dos mosquitos estão em casa, e que cuidados ao verificar a existência de focos são necessários para a prevenção.

Mortes por Dengue


Dados atualizados nesta quinta-feira (03) foram divulgados pela Secretaria de Saúde quanto a mortes causadas pela dengue; o número de casos é de 76 mortes só neste ano no Estado de Goiás.

Das três cidades com maiores notificações, Goiânia é a cidade com maior número de ocorrências da doença, somando 77.862 casos; em seguida Aparecida de Goiânia com 15.937 incidências e Anápolis com 10.716.

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