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Trio é preso por morte de ciclista

O Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer) apresentou, na noite de ontem, por volta das 20h, na sede da instituição militar, três suspeitos de participar da morte da bancária e ciclista Cibelle de Paula, 31 anos. O trio é composto por Ronaldo da Silva Alves, 20 anos, Pedro Henrique Domingos, 18 anos, autor dos disparos que matou a vítima, e um menor de 17 anos. Com eles foram apreendidos a arma do crime, celulares e uma motocicleta que foi usada no dia homicídio. Familiares e amigos da vítima acompanharam a identificação dos suspeitos.

De acordo com a Polícia Militar, Pedro Henrique já tem passagens por receptação, porte ilegal de arma de fogo e roubo. Os outros dois, a princípio, não tinham passagens pela polícia. Ronaldo foi responsável por fazer a ciclista diminuir a velocidade da bicicleta, quando eles estavam na passarela próxima a BR-060 e atirava pedras na rodovia. No dia do crime, era o menor quem pilotava a motocicleta.

Capitão Batista do Graer explicou que a partir das diligências foi possível identificar, primeiramente, o responsável pelos tiros que mataram Cibelle e, em sua casa, na Vila Santa Rita, foi encontrada a arma utilizada no dia do crime e também a motocicleta. Ronaldo chegou a ser detido também no mesmo bairro. Logo depois, o menor foi localizado em sua residência, no Jardim Botânico, com uma picape Fiat Strada roubada.

Conforme o capitão Batista, o trio relatou que se articularam para fazer um roubo na região. “Eles confessaram que sabiam da grande movimentação de ciclistas na BR-060 e resolveram roubar a bicicleta para vender e acertar dívidas de drogas. Então, eles atiraram pedras para forçar os ciclistas a pararem e o Pedro Henrique disse que a vítima se recusou a parar a bicicleta e, em seguida, efetuou os disparos”, informou.

Confesso


Na sede do Graer, Pedro Henrique contou que a intenção era “só roubar, mas ela correu e acabou sendo atirada. A intenção era só assustar ela e acabou no que deu. Ninguém tinha intenção de matar ninguém não. Falar para família me perdoar não vou falar não, mas é isso que eu penso: deu errado. Peço pra desculpar aê, foi o que aconteceu (sic)”, disse o autor disparos.

De acordo com Ronaldo, ele chegou a ver toda a cena do crime, mas estava apenas de passagem, em cima da passarela indo à casa de um tio. “Tava de boa, tava indo para casa do meu tio. Ouvi o tiro ai corri, pensei que vinha para meu rumo. Agora já era. Me arrependo muito e peço desculpa aê (sic)”, disse.

Família


Mãe da vítima, Franquelina das Dores Silveira, disse estar arrasada com a morte da filha, mas que sente a justiça está sendo feita, com a prisão dos dois suspeitos e apreensão do menor. “Estou despedaçada. Nada justifica atitude tão brutal, foi uma covardia. Mataram uma pessoa indefesa. Levasse o bem material, mas deixasse a vida dela. Ainda estou com uma sensação de conforto porque a polícia está fazendo um trabalho muito empenhado. E isso ajuda a gente demais a ter força.

Eduardo de Oliveira Francisco, marido de Cibelle, contou que ela fazia o que mais gostava que era pedalar: “A lembrança que ficou foi à determinação dela. O sorriso lindo que ela tinha. Ela era uma pessoa feliz, cativante e amada por todos”, disse. Ele também falou sobre a sensação de ver os responsáveis detidos. “Sensação de alivio. O que podemos esperar dos homens e a justiça.”

De acordo com a polícia Pedro Henrique Domingos, 18 anos foi o autor dos disparos

Placa da moto utilizada pelos suspeitos estava adulterada

Com os suspeitos foi encontrada a arma do crime, celulares e uma motocicleta utilizada no dia da morte de Cibelle

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