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"Violência contra mulher é uma reação machista à liberdade feminina"

mulher e violência

Desde seu início em 1980, o Movimento Feminista no Brasil tem como principal tema a luta contra a violência à mulher.

De acordo com o Mapa da Violência 2015, nos períodos entre 1980 e 2013, foram registradas 106.093 mortes de mulheres, vítimas de homicídio. É possível destacar que as ocorrências de 1980 para 2013 tiveram um aumento de 252%.

A secretária da Autonomia Feminina da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Ministério da Cidadania, Tatau Godinho, acredita que o aumento das agressões e assassinatos de mulheres, pode ser explicado, pelo aumento do número de denúncias e pela reação machista à popularização do feminismo.

Conforme estudos sobre sociedade e comportamento é possível afirmar que o conservadorismo tem crescido em alguns setores. Carmem Silva, socióloga e educadora da organização SOS Corpo e da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), afirma: “A gente há muito tempo não via tantos projetos contra os nossos direitos no Congresso e tanto descaramento na defesa de pautas homofóbicas, misóginas. Isso também é visto na mídia e nas igrejas”.

A principal ideia o conservadorismo também está presente nos projetos que restringem o conceito de família núcleo formado a partir de uma união entre homem e mulher.

As denúncias

Desde a criação da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, no ano de 2005, foram registrados mais de 4,5 milhões de atendimentos.  Somente no primeiro semestre do ano passado, foram realizados, através da Central, 364.627 atendimentos, o que resulta em média 2.025 amparos por dia.

Grande parte das denúncias tinha relação à violência física e psicológica contra mulheres.

Segundo Tatau grande parte das mulheres já tem o entendimento de não é possível mudar estes índices em âmbito privado e que as denúncias são mais do que necessárias.

A secretária afirma que as políticas públicas como a Lei Maria da Penha que aumentou o rigor das penas sobre os crimes de violência doméstica e familiar, junto aos juizados especiais de atendimento à mulher e a Casa da Mulher Brasileira dão um grande incentivo para que as mulheres brasileiras tenham coragem para fazer as denúncias.

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