Home / Cotidiano

COTIDIANO

Após serem agredidos durante protesto, professores desocupam secretaria

Educadores exigem negociação referente ao pagamento do piso salarial e data base para os administrativos: manifestação ocorreu no setor Universitário (Foto: Cristovam Matos)

Terminou em pancadaria e violência a ocupação de um grupo de professores na sede da Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME), no setor Universitário.

Nesta quarta-feira, 26, professores afirmaram que integrantes da Guarda Municipal  (designada oficialmente como Guarda Civil Metropolitana) esperaram a saída da imprensa do local para atacá-los com violência.

Professores e alunos que participavam do ato ficaram feridos diante da agressão. 

A Guarda Civil levou nove manifestantes para a Delegacia, que liberou o grupo por volta das 3h da madrugada. Eles se comprometeram a realizar exame de corpo delito.

Em um dos vídeos que circularam pelas redes sociais, o autor da gravação descreve:  "Aluna ferida agora pela guarda municipal com muito spray de pimenta e muita bomba nesse momento".

De início, a secretaria só seria desocupada com negociação. Mas diante da agressão os professores saíram da unidade. Em vídeos que circulam na internet, é possível escutar barulhos de bombas e professores gritando em desespero.

A Guarda Municipal também teria impedido que um representante da Ordem dos Advogados (OAB) entrasse na secretaria para conversar com os professores.

A reportagem do DM tentou contato com a Guarda Municipal, que não retornou as ligações,  para dar sua versão e informar quanto ao comportamento dos seus integrantes.

Os educadores exigem uma negociação referente ao pagamento do piso salarial e data base para os administrativos e melhorias na estrutura, que até então não foi proposta pelo secretário de educação, Marcelo Ferreira da Costa.

Desde de janeiro que os professores realizam uma greve parcial e instituíram rodízios  para atender todos os alunos.

A professora Raquel Bonfim, que esteve no local, se diz indignada com o abandono dos atuais gestores, e garante que além da estrutura, as crianças sofrem com a precariedade da merenda escolar e falta de professores. “Nós que estamos em sala de aula sabemos o quanto está sendo difícil, algumas escolas não têm estrutura, segurança, algumas diretoras pedem ajuda para os pais para melhorar a alimentação das crianças, mas hoje, estamos exigindo uma negociação, pelo menos nosso pagamento, é o mínimo que podem fazer”, desabafa.

Sobre a falta de professores na rede municipal de ensino, os educadores garantem que os comissionados e concursados que tomaram posse este ano não supriram as necessidades e pedem para que os que estão aguardando por um vaga, que é de direito deles, tomem posse o quanto antes para atender toda a comunidade. (Colaborou Ana Paula Barreira)

Leia também:

  

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias