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COTIDIANO

Privatizações precarizam as relações de trabalho

  • Stiueg informa que mais de 800 trabalhadores teriam sido demitidos da Celg nos últimos quatro meses de 2017  
  • Sindicalista relata que a empresa quer agora, já em agosto, elevar a tarifa de energia elétrica à população do Estado  
  • A italiana Enel controlaria , hoje, a Celg, e a Usina Hidrelétrica de Cachoeira Dourada, privatizada, no ano de 1997 
  • Sindicato conta que despesas com pessoal é de 2% do faturamento da empresa, cobra  investimentos e promove ato 

- A Enel, empresa que arrematou, na Bolsa de Valores, a Companhia Energética de Goiás, já teria demitido 800 servidores da empresa. Nos últimos quatro meses.

É o que afirma João Maria, diretor do Situeg, Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Urbanitárias do Estado de Goiás,  dos funcionários da Saneago, Celg, Usina Hidrelétrica de Cachoeira Dourada e da Usina de Corumbá. O comprometimento do faturamento da empresa com a folha de pessoal caiu de 4% para 2% apenas, desabafa o sindicalista, em tom de lamento

- A empresa italiana, que ainda detém o controle acionário da Usina Hidrelétrica de Cachoeira Dourada, privatizada em 1997, por Maguito Vilela [PMDB] e Fernando Henrique Carodos [PSDB],  quer aumentar, já no mês de agosto, a tarifa à população. Para elevar os seus lucros, já estratosféricos.

Narrativa ideológica

A narrativa ideológica de que a desestatização da Celg seria o caminho para a ampliação dos investimentos no setor elétrico, a valorização dos trabalhadores, a redução das tarifas cobradas aos contribuintes e de modernização do setor caiu por terra, acusa. O Stiueg fará uma manifestação de protesto no dia 28 de junho, quarta-feira, às 9h, contra as demissões.

- Demissões imotivadas, sem critérios, que atingem trabalhadores da terceira idade e até doentes. Em um País já com 14, 2 milhões de desempregados, inflação, alta, dólar nas alturas e juros em crescimento.

O Stiueg participará ainda da greve geral que deve parar o Brasil na próxima sexta-feira, 30 de junho. Ao lado da Central Sindical Popular Conlutas, da Central Única dos Trabalhadores [CUT], da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, a CTB, além do Movimento dos Sem Terras [MST] e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto [MTST], da UNE e da UBES, atira.

- Uma greve geral nacional contra as reformas Trabalhista e da Previdência Social, pela saída imediata do ilegítimo Michel Temer, por eleições gerais e diretas já.

Terceirização

João Maria afirma que o processo de terceirização precarizará ainda mais as relações de trabalho no País. A Reforma Trabalhista quer retirar direitos históricos consolidados na CLT, uma herança de Getúlio Vargas, que suicidou-se, em grave crise política alimentada pelo Congresso Nacional e os Conglomerados de Comunicação, em 24 de agosto de 1954, frisa.

- Como o golpe institucional, com o suporte dos aparatos policial e jurídico do Estado, do Congresso Nacional financiado por recursos de Caixa 2 empresariais e a mídia, em 2016.

Marxista, o pedagogo que tem Paulo Freire como uma de suas referências na Educação, servidor concursado da Saneago, vê semelhanças entre as quedas, em 2009, em Honduras, do nacionalista que aproximara-se da ALBA [Aliança Bolivariana das Américas], Manuel Zelaya, como a do membro da ala progressista da Igreja Católica, Fernando Lugo, no Paraguai, 2012.

- Dilma Rousseff sofreu um golpe frio, líquido, pós-moderno, como aponta o sociólogo da Universidade de Coimbra, Portugal,  Boaventura de Souza Santos. A Venezuela está na lista
Novo mandato sindical

Reeleito para um mandato conferido pelas urnas de mais três anos, João Maria diz que o Stiueg entrará com ações judiciais para tentar reestatizar a Celg. Não podemos aceitar prejuízos ao erário, insiste. Os trabalhadores perderam direitos com a privatização, denuncia. O líder sindical conta temer a venda da Saneago, apesar da negativa de Jales Fontoura, presidente.

- Michel Temer quer universalizar o conceito de Estado Mínimo, que cuida apenas da Segurança Pública, da Fiscalização e das Relações Exteriores. Uma ideia ultrapassada.

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Uma greve geral nacional contra as reformas Trabalhista e da Previdência Social, pela saída imediata do ilegítimo Michel Temer, por eleições gerais e diretas já

João Maria, diretor do Stiueg

Perfil 

Nome: João Maria

Formação: Pedagogo

Cargo: Diretor

Sindicato: Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Urbanitárias do Estado de Goiás

Central: CSP [Central Sindical Popular] Conlutas

Linhagem: Marxista

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