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Preso em Goiás grupo suspeito de fraudar vestibulares de medicina em todo país

Cinco pessoas acabaram presas na tarde de ontem, 6, em Goiás, durante a Operação Monge, deflagrada pela Polícia Civil. Elas são suspeitas de integrar um grupo que fraudava vestibulares de medicina em 12 Estados e no Distrito Federal. Segundo a corporação, as vagas eram vendidas por valores entre R$ 80 mil e R$ 120 mil de acordo com a forma de entrega do gabarito para cada candidato que se inscrevesse nas faculdades que oferecem o curso no país.

A quadrilha é investigada desde setembro do ano passado, após uma denúncia realizada pela Universidade de Rio Verde (UniRV). Segundo a instituição, o pai de uma aluna que fazia cursinho pré-vestibular procurou a reitoria da faculdade alegando que havia sido abordado pelo grupo.

Os envolvidos foram flagrados atuando no esquema de fraude por investigadores de polícia disfarçados e a estimativa é de que mais da metade das 110 pessoas que procuraram a quadrilha, tenham sido beneficiadas pelo esquema e obtiveram aprovação nos vestibulares.

Em uma mensagem de celular interceptada pela Polícia Civil, uma estudante pergunta para um dos integrantes do grupo como funciona o esquema e o criminoso informa que passaria o gabarito das provas através de um celular pelo valor de R$ 80 mil e caso ela quisesse as respostas de forma direta, o valor passaria a ser de R$ 120 mil.

Segundo a polícia, os agentes filmaram os suspeitos enquanto eles explicavam todo o esquema. Nas imagens, eles utilizavam celulares próprios por debaixo das roupas íntimas para disfarçar.

Foram presos, o empresário Rogério Cardoso de Matos, apontado como chefe da organização criminosa, o estudante de Engenharia Civil, Mateus Ovídio Siqueira, Fernando Batista Pereira, responsável pela negociação dos aparelhos e de como ocultar o equipamento e, dois aliciadores identificados como Osmar e Elisângela. Outros quatro suspeitos continuam foragidos.

Todos os envolvidos serão indiciados pelo crime de fraude em certame e em certame de interesse público. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Cleybio Januário Ferreira, toda a investigação será compartilhada com as universidades que, provavelmente, vão iniciar um procedimento administrativo para expulsar os alunos, além dos crimes que irão responder na Justiça.

As investigações apontam que a ação da quadrilha ocorreu nas duas últimas provas de vestibular, de 2016 e 2017, da (UniRV), localizada em Goianésia e Aparecida de Goiânia, na Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas), em Minas Gerais, na Universidade Católica de Brasília (UCB), assim como, na Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central (Faciplac), em Brasília (DF).

Além disso, o delegado informou que até agora, as investigações não apuraram se há a participação de funcionários ou de bancas examinadores no esquema.

Até o momento a defesa dos presos ainda não se pronunciou sobre o caso.

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