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Foto:Reprodução/G1Goiás
O Major da Polícia Militar (PM), pai do garoto responsável pelos disparos contra colegas no Colégio Goyases, em Goiânia, prestou depoimento na manhã desta segunda-feira, 23, na Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) da Polícia Civil.
O policial foi ouvido por cerca de uma hora e meia e, em determinados momentos do depoimento, se emociounou e afirmou que nunca ensinou o filho a atirar. Além disso, disse que o menino nunca comentou que sofria bullying em casa.
Atentado
Na última sexta-feira, 20, o adolescente levou para a escola uma arma de uso restrito da corporação, que pertence à mãe dele, que também é membro da PM, e ao fim da aula, sacou a pistola .40 e efetuou cerca de 11 disparos contra os estudantes.
Na ocasião, dois alunos morreram e outros quatro ficaram feridos. Um deles, Hyago Marques, de 13 anos, recebeu alta médica neste domingo, 22, e já se recupera em casa. As outras vítimas continuam internadas.
O delegado responsável pelo caso, Luiz Gonzaga Júnior, informou que durante o depoimento, o autor dos disparos alegou que sofria bullying de um colega e teria se inspirado em massacres como o de Columbine, nos Estados Unidos (ocorrido em 1999) e o de Realengo, no Rio de Janeiro (em 2011), para cometer o ato. O jovem também havia informado que tinha aprendido a atirar em vídeos no Youtube.
Segundo o garoto, há cerca de três meses, ele teria começado a pesquisar informações sobre esses ataques na internet. Ele afirmou ainda, que começou a planejar a ação três dias antes do atentado. O delegado explica que o tablet do garoto foi apreendido e deve ser periciado.
A polícia informou que a mãe do adolescente também deve ser ouvida nos próximos dias, assim como familiares e professores da instituição de ensino onde ocorreu a tragédia.
A advogada da família do menor, Rosângela Magalhães, disse que a responsável pelo menino está internada e sedada.
